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Gambá albino é resgatado por moradora de Novo Hamburgo

Destino do animal ainda está sendo decidido pela Semam

Publicado em: 06.02.2023 às 18:47 Última atualização: 07.02.2023 às 07:49

Gambás são animais silvestres comuns de se encontrar pelas zonas urbanas e rurais. No entanto, uma moradora do bairro Petrópolis, em Novo Hamburgo, encontrou uma raridade da espécie: um gambá albino. O animal foi resgatado nesta segunda-feira (6) e foi entregue à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam).

O gambá albino foi mantido na gaiola até a chegada da Semam.
O gambá albino foi mantido na gaiola até a chegada da Semam. Foto: Júlia Taube/GES Especial
“Um bicho inusitado", assim que a aposentada Irene Lamb, 74, define o gambá que capturou em sua residência. Ela conta que há meses, sem saber de que se tratava do animal, ouvia barulhos entre as paredes de madeira de sua casa, principalmente na parte da noite. “Eu me acordava assustada com o barulho dele batendo entre as paredes. Parecia que era alguém batendo”, conta ela.
O animal estava no pátio de Irene
O animal estava no pátio de Irene Foto: Júlia Taube/GES Especial
O gambá entrou no local através de uma fresta que existe na madeira e, mesmo fechando o vão, o animal conseguiu entrar. Irene relata que o mamífero passava o dia entocado no esconderijo e, à noite, saia para se alimentar nas árvores frutíferas que ela tem plantado no pátio. “Eu, na minha vida, nunca vi igual. Até os olhos dele são diferentes. A gente via ele e achava que era um gato.”


Ela e o filho conseguiram capturar o bicho e o mantiveram em uma gaiola de pássaro até conseguir contato com a Semam. A entrega à diretoria de Proteção Animal foi realizada no início da tarde desta segunda-feira. De acordo com a diretora de Proteção Animal, Maya Ruschel, este é o primeiro caso de gambá albino registrado no município.

Destino indefinido

A diretora de Proteção Animal explica que o animal, que se trata de uma fêmea, pertence à espécie Didelphis Albiventris, conhecido também por gambá-de-orelha-branca. Conforme ela, é comum de encontrar variações na cor cinza na pelagem desta espécie e até mesmo, gambás com albinismo parcial. “O albinismo é um gene recessivo, é uma falha na produção de uma enzima e essa enzima faz com que não seja produzida a melanina”, informa.

A raridade não se atém somente à cor do animal. Maya diz que, por conta da sua falha genética, a sobrevivência do gambá albino em seu habitat natural é difícil, por se tornarem presas muito fáceis pela dificuldade de visão e de camuflagem.

Por conta disso, o gambá não será devolvido à natureza e, antes de definirem um local para que o mamífero possa viver tranquilamente, exames serão realizados para verificar a incidência de vírus que ele comporta. “Entrei em contato com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e vamos ver se encaminhamos ele para alguma universidade ou para algum outro lugar específico, como o zoológico de Gramado ou o minizoo de Canoas”, diz Maya.

Serviço

Em casos como o de Irene, em que animais silvestres aparecem nas residências, o contato para resgate pode ser feito com a Diretoria de Proteção Animal pelos telefones (51) 3097-1990 e (51) 3524-0356. Caso o animal seja capturado por moradores, ele pode ser levado à sede da Semam, no Parque Henrique Luiz Roessler (Parcão), na Rua Barão de Santo Ângelo, 1787, no bairro Hamburgo Velho. Até o fim de fevereiro, o atendimento é realizado das 12 horas às 17 horas nas segundas-feiras, das 9 horas às 17 horas de terça a quinta-feira e das 8 horas às 13 horas nas sextas-feiras.

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