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Notícias | Novo Hamburgo SANEAMENTO

Licitação da obra da Estação de Tratamento de Esgoto Luiz Rau será aberta ainda este mês

Empreendimento ficará na Vila Kroeff, no bairro Santo Afonso. Projeto terá investimento de R$ 64 milhões

Publicado em: 06.04.2023 às 11:30 Última atualização: 06.04.2023 às 11:47

A construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Luiz Rau poderá sair do papel. A Caixa Econômica Federal aprovou o projeto de licitação do empreendimento que ficará na Vila Kroeff, bairro Santo Afonso. Com isso, a Comusa dará início aos trâmites para publicar as regras da concorrência pública para contratar o serviço. O investimento de R$ 64 milhões tem recursos da Caixa e do Banrisul, a maior cifra aplicada em saneamento no Sul do Brasil.

Obras de terraplanagem da ETE Luiz Rau na Santo Afonso
Obras de terraplanagem da ETE Luiz Rau na Santo Afonso Foto: Comusa

"Foi uma casualidade essa notícia chegar no dia do aniversário de Novo Hamburgo", comemorou o vice-prefeito e diretor-geral da autarquia, Márcio Lüders. Com a obra pronta, Novo Hamburgo vai tratar mais de 50% do esgoto doméstico. Hoje, o índice é de 8%.


Segundo Lüders, nesta quinta-feira (6) o grupo técnico da Comusa fará uma reunião para fazer as adequações legais no termo de referência, documento fundamental na licitação. "Ainda neste mês devemos publicar. A nossa expectativa é que, a partir disso, em até 60 dias teremos um vencedor", planeja.

Concomitante, é realizada a terraplanagem dos cinco hectares para a obra. São 70% da melhoria, executada pela Construsinos, já prontos. A previsão era que o terreno ficasse pronto até fevereiro, o que não aconteceu. Inclusive, foi feito um aditivo ao contrato de R$ 1,6 milhão, que tinha valor inicial de R$ 8,8 milhões.

Conforme Lüders, houve necessidade de realizar escavações além das planejadas porque foi encontrado muito lixo enterrado na área. "Este material precisa ser descartado em aterro licenciado." O acréscimo é previsto em lei. "Quando a licitação estiver pronta, a terraplanagem estará totalmente concluída", garante.

Município tem dez anos para cumprir Marco Legal

Em julho de 2020 entrou em vigor o novo Marco Legal do Saneamento. Essa lei determina que 99% da população tenha acesso à água potável até 2033, além de 90% contar com coleta e tratamento de esgoto. "Por isso a ETE Luiz Rau é mais um passo importante", salienta Lüders, já que Novo Hamburgo tem dez anos para atender a regra. Os municípios que não se adequarem ao marco legal sofrerão uma série de restrições, entre elas, não recebimento de valores de emendas parlamentares, por exemplo.

Ele explica que a nova ETE vai tratar inicialmente entre 200 a 250 litros de esgoto por segundo. Mas existe a possibilidade de chegar a 600 litros por segundo desde que seja realizada uma obra complementar.

Além disso, nos condomínios novos onde há fiscalização da Comusa, há um percentual estimado de 10% de esgoto que é tratado com fossa e filtro porque há limpeza regular. "O que elevaria o nosso índice para uns 70% de esgoto tratado", diz.

Outra frente é na busca de mas recursos para implementação de mais estações de tratamento. Lüders informa que participou de um encontro em Brasília sobre o marco do saneamento básico e há um movimento para o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) faça empréstimos para autarquias, o que facilitaria para a realização de obras. "Está todo mundo no mesmo barco, por isso buscamos uma alternativa de forma nacional", justifica

Histórico da obra

A ETE Luiz Rau foi anunciada em 2007, quando a Comusa divulgou um contrato de R$ 30,5 milhões para implantação de rede e tratamento de esgoto, com meta de ampliar o índice de tratamento dos dejetos em 51%.

Em 2011, a Comusa decidiu inovar e apresentou uma nova tecnologia, com bacias de tratamento com lagoas de juncos (macrófitas). Em 2017, essa ideia foi abandonada para voltar ao tratamento tradicional. No ano seguinte, a Comusa iniciou uma corrida contra o tempo junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional para não perder R$ 39 milhões disponíveis.

Por meio de uma contrapartida do grupo Zafarri de R$ 1 milhão, a Magna Engenharia foi contratada e refez todo o projeto da ETE, adequando às novas tecnologias e legislações obrigatórias. Essa proposta foi a aprovada pela Caixa Federal e agora será licitada.

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