Novo Hamburgo tem 221 desabrigados e diversos pontos de alagamento
Bairros Santo Afonso, Canudos e Lomba Grande estão entre os afetados pelas consequências do ciclone extratropical
Novo Hamburgo é uma das cidades afetadas pelo ciclone extratropical. E segundo novo levantamento realizado pela Prefeitura no início da tarde deste sábado (17), o Município segue com 221 pessoas desabrigadas, destas 217 são residentes do bairro Santo Afonso. Apenas uma família, de quatro pessoas, é do bairro Canudos.
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A cidade também registrou um óbito na noite da última sexta-feira (16). Um homem de 60 anos, que morava com um irmão no Beco da Realeza, no bairro Santo Afonso. O irmão não estava na casa e passa bem.
Nível do rio
O nível do Rio dos Sinos subiu 38 centímetros na estação de captação de água da Comusa – Serviço de Água e Esgoto de Novo Hamburgo entre a noite de sexta-feira e o início da tarde deste sábado, atingindo 6,71 metros, mais de três metros e meio acima de seu nível normal. O nível do rio está subindo cerca de dois centímetros por hora em Novo Hamburgo.
Outros pontos
Outros bairros da cidade também foram afetados. Em Lomba Grande, o assistente técnico Samuel Almeida, 24 anos, esteve na Rua Alcido Osmar Klein na manhã deste sábado para verificar a situação da casa da mãe. "Minha mãe saiu ontem já e foi para minha irmã por precaução. Também erguemos todos os móveis da casa. Ontem (16), a água não estava tão alta, agora ela já está entrando no pátio e acho que vai subir mais, vamos acompanhar", comenta.
Na Rua Bruno Werner Storck, em Canudos, a via foi bloqueada e vários moradores estão na casa de parentes e amigos. Como o instrutor do Senai Roger Nobre, 28, que saiu de casa na última sexta-feira e retornou neste sábado para acompanhar a situação. "A água subiu, depois baixou e depois subiu de novo. Eu já estou acostumado. Os móveis na minha casa já são mais altos, a pia é de concreto, tudo pensando nestes casos", conta.
Já o pedreiro Dhonatan Xavier, 34, mora no local há menos de três meses e foi pego de surpresa. "Eu comprei a casa e não sabia que alagava. Meu móveis, a pia, está tudo molhado, perdi várias coisas. No momento, não vamos sair, mas vamos monitorar", relata.