Esporotricose: Vale do Sinos registra casos da doença em gatos
Saiba quais são os sintomas e como prevenir
O Vale dos Sinos registrou nos últimos meses casos de esporotricose em gatos, uma doença oriunda de um fungo, que causa lesões na face, orelhas, e no nariz do animal. Recentemente, Dois Irmãos alertou sobre o surgimento do problema. Mas, de acordo com a professora do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Feevale Márcia Regina Loiko, entre Novo Hamburgo, Campo bom e São Leopoldo, já existem casos relatados de lesão característica da doença.
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A professora explica que não é comum encontrar registros da doença no Sul do país, devido às temperaturas serem mais baixas que em outras regiões do Brasil. No entanto, se percebe o aumento de relatos no Estado, uma vez que as temperaturas elevadas se mantiveram por mais dias.
“Estamos vivendo surtos na região. Existe tratamento para isso, mas pode durar de 2 meses, 3 meses, até mais, com o animal e também se o tutor apresentar lesões”, explica. Márcia ressalta que, além dos animais, os humanos podem contrair a doença. “Automaticamente esses gatos, quando eles têm tutores, se o animal tiver contato com o fungo, podem criar condições de transmitir para o ser humano”, afirma.
Sintomas
O animal que convive em espaço aberto e vier a apresentar lesões e dificuldades respiratórias, Márcia orienta a procurar tratamento médico. “Desconfie, pois pode ser esporotricose”, enfatiza. As lesões costumam aumentar e podem, inclusive, acometer outras regiões.
Em humanos, a doença se manifesta igualmente através de lesões, mas podem, também, apresentar linfonodos regionais, próximos da região onde está a lesão. Ou, como são popularmente chamados, as ínguas, que surgem nos braços e axila. “As lesões podem se estender e, automaticamente, pode acometer outras regiões do corpo, como pulmão e coisas mais graves”, esclarece Márcia.
Como prevenir
Márcia destaca a importância de castrar os gatos para que não tenham tanto acesso à rua. “Castrar os animais para que fiquem dentro de casa, pois isso evita a disseminação do fungo do animal para a pessoa”, ressalta. Além disso, limpar o ambiente é essencial para evitar a proliferação de fungos. Quando o animal começar a apresentar problemas de lesões nas patas e cabeças, deve-se levar ao veterinário para iniciar o tratamento na fase inicial do problema.
Caso o problema seja confirmado no animal ou no tutor, a recomendação é procurar tratamento médico, através do posto de saúde, para tratamento com antifúngicos.