Projeto acolhe e ensina português a migrantes na região
Iniciativa da Univerisade Feevale atende pessoas de outras nacionalidades que vêm para cá desde o ano de 2016
Visando estimular a aprendizagem, mas, principalmente, o acolhimento, a Universidade Feevale possui o Centro de Educação em Direitos Humanos (Ceduca DH), que atende migrantes de diversas nacionalidades.
O projeto social teve início em 2016 e, nestes sete anos, já contou com mais de 130 participantes vindos de países como Cuba, Suécia, Costa do Marfim, Rússia, Egito e, principalmente, senegaleses, venezuelanos e haitianos.
Atualmente, as oficinas, que ocorrem nas quartas-feiras no campus I da universidade, contam com 23 participantes fixos e um grupo de 47 estrangeiros que buscam atendimentos individuais em diversas áreas.
Inicialmente, o projeto era dividido em duas frentes: O Mundo em NH e Educação em Direitos Humanos. Porém, em 2021, ambos foram unificados, transformando-se no Ceduca DH. A partir daí, outras frentes de educação em Direitos Humanos foram surgindo e, hoje, há atendimento também ao Cras, assim como a agentes da Susepe e do Instituto Penal de Novo Hamburgo.
''As pessoas criam laços''
Coordenadora do curso de História da Feevale e responsável pelo projeto, Márcia Blanco Cardoso explica que o Ceduca DH acolhe migrantes e refugiados nas mais diversas áreas, especialmente no ensino de português. "Mais do que o idioma, nós também ajudamos com emissões de documentos, mas principalmente oferecemos solidariedade", conta.
A coordenadora explica que não há limite de tempo para permanecer no projeto, inclusive alguns integrantes participaram semanalmente por cerca de três anos. "O que temos é um porto seguro para além do atendimento. Aqui se forma um grande grupo de amigos e acolhimento, as pessoas criam laços e se abraçam", acrescenta.
Voltando para casa
De férias, o rapaz está em Novo Hamburgo. "No final de maio, ele nos visitou e perguntei como era estar de férias aqui. E ele me disse que aqui ele não tirava férias, ele voltava para casa", comenta a professora Márcia.
“O Ceduca representa para mim, um grande apoio, do ponto de vista intelectual e social. É um projeto muito importante para todos, migrantes e refugiados, que vêm aqui e, por intermédio do Ceduca, conseguimos nos integrar na sociedade”, define Olwith.
O patinador destaca ainda que a comunicação é a base de tudo e, além de ensinar o português, o Ceduca fala sobre os Direitos Humanos. “Isso nos ajuda a saber os direitos e deveres que temos como estrangeiros. Sou muito grato de fazer parte desta comunidade e agradeço à professora Márcia pela grande iniciativa”, finaliza.