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Notícias | País Política

Gilmar Mendes se diz surpreso com plano de Janot para matá-lo

Ministro do Supremo Tribunal Federal lamenta o fato e recomenda ajuda psiquiátrica

Por Agência Estado
Publicado em: 27.09.2019 às 14:06 Última atualização: 27.09.2019 às 14:06

Foto por: Assessoria de Comunicação / STF
Descrição da foto: Gilmar Mendes

O ministro do Supremo Tribunal (STF) Federal, Gilmar Mendes, se disse surpreso com a afirmação do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que teria planejado o assassinato de Mendes. No documento, divulgado nesta sexta-feira (27), Mendes lamenta o fato e recomenda que o ex-PGR procure ajuda psiquiátrica.

Rodrigo Janot disse nesta quinta-feira (26), em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que, no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, chegou a ir armado para uma sessão do STF com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes. "Não ia ser ameaça, não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar", afirmou Janot. Segundo o ex-procurador-geral, logo depois de ele apresentar uma exceção de suspeição contra Mendes, o ministro difundiu "uma história mentirosa" sobre sua filha. "E isso me tirou do sério."

Leia a íntegra da carta de Gilmar Mendes em resposta a Janot:

"Dadas as palavras de um ex-procurador-geral da República, nada mais me resta além de lamentar o fato de que, por um bom tempo, uma parte do devido processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas, destacando que a eventual intenção suicida, no caso, buscava apenas o livramento da pena que adviria do gesto tresloucado. Até o ato contra si mesmo seria motivado por oportunismo e covardia.

O combate à corrupção no Brasil - justo, necessário e urgente - tornou-se refém de fanáticos que nunca esconderam que também tinham um projeto de poder. Dentro do que é cabível a um ministro do STF, procurei evidenciar tais desvios. E continuarei a fazê-lo em defesa da Constituição e do devido processo legal.

Confesso que estou algo surpreso. Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas, em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica. Agora ele revela que eu corria também risco de morrer.

Se a divergência com um ministro do Supremo o expôs a tais tentações tresloucadas, imagino como conduziu ações penais de pessoas que ministros do Supremo não eram. Afinal, certamente não tem medo de assassinar reputações quem confessa a intenção de assassinar um membro da Corte Constitucional do País.

Recomendo que procure ajuda psiquiátrica.

Continuaremos a defender a Constituição e o devido processo legal."

 

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