Devido a uma perspectiva de inflação mais baixa por parte do governo, o salário mínimo em 2020 deve ter reajuste de R$ 998 para R$ 1.030. Conforme a Folha de S.Paulo, a proposta é R$ 9 inferior à inicial anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em agosto deste ano. Porém, a tendência é que o valor seja revisado em um cenário econômico mais suave para o país.
O ministro defende que o salário mínimo seja corrigido apenas pela inflação, que é medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), finalizando o ciclo de reajustes com ganhos reais ao trabalhador. A alta salarial, que tende a ser mais modesta, pode gerar um alívio às contas públicas de aproximadamente R$ 5,2 bilhões, levando em conta o orçamento do próximo ano.
A equipe de Paulo Guedes acredita que os números "indicam que a inflação deve permanecer baixa e controlada", o que explica a queda na perspectiva salarial no Brasil. A decisão final será do Congresso, responsável por aprovar o projeto de Orçamento e definir as despesas do ano que vem.
Ainda conforme a Folha, o governo já enfrenta dificuldades em 2020 para cumprir o teto de gastos nos próximos anos. Isso se deve ao limite de despesas criado pelo governo de Michel Temer e que é reajustado apenas pela inflação. Devido a isso, conceder um aumento acima da inflação seria mais um entrave para a meta. O aumento real do salário mínimo foi implementado, informalmente, em 1994 por Fernando Henrique Cardoso, logo após a adoção do Plano Real.