Indústria calçadista brasileira desligou 24,4 mil profissionais desde início da pandemia

Cada vez mais delicada. Assim está a situação do setor calçadista verde-amarelo em função da pandemia da Covid-19. Dados desta quarta-feira, dia 22, mostram que as fábricas de calçados do Brasil já demitiram 24,4 mil profissionais desde a chegada do novo coronavírus no País, conforme os questionários semanais aplicados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) aos seus associados. 

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Na última sexta-feira (17), o setor já havia desligado 17 mil pessoas, número que subiu significativamente. E esse incremento que fez com que as demissões superassem a barreira das 24 mil pessoas foi puxado por São Paulo. O polo paulista que estava em segundo lugar entre os Estados verde-amarelos com maiores desligamentos no setor com cerca de 3 mil desligamentos, ultrapassou o Rio Grande do Sul, e agora acumula 7 mil demissões.

O polo gaúcho que já tinha 4,7 mil desligamentos, agora soma aproximadamente 5,5 mil demissões e aparece na segunda colocação. Na sequência estão, Minas Gerais, com 5 mil desligamentos; a região Nordeste, com 3,3 mil; e Santa Catarina, com 2,5 mil. O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, comenta que o setor vai enfrentar um momento delicado por um longo período. "Estamos atuando em três principais frentes junto ao governo federal e as empresas para tentar amenizar essa situação que é muito preocupante e delicada."