Praticamente três semanas após uma nuvem com 40 milhões de gafanhotos colocar pavor em países da América do Sul, sobretudo aqui no Estado do Rio Grande do Sul, uma nova nuvem desses animais surgiu no Paraguai, segundo o UOL. O fato colocou novamente em alerta as autoridades brasileiras devido ao potencial risco de destruição de plantações.
Os insetos estão no Parque Nacional Defensores del Chaco, em Teniente Pico, a cerca de 300 quilômetros da fronteira do Brasil e da Argentina. Conforme o Serviço Nacional de Qualidade e Sanidade Vegetal e de Sementes do Paraguai (Senave), caso haja condições climáticas ideais, o aglomerado de gafanhotos pode se movimentar para as regiões de Boquerón, na fronteira com Bolívia e Argentina, ou Alto Paraguai, na fronteira entre Brasil e Bolívia com o Paraguai. Técnicos do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Alimentar da Argentina (Senasa) devem tentar novamente, nesta sexta-feira (17), uma aplicação terrestre de inseticidas.
Conforme o Canal Rural, em boletim divulgado na noite de quinta-feira (16) pelo Senasa, aplicação de inseticida que seria na última quarta foi cancelada devido à chuva. O local é de difícil acesso por terra e uma aplicação aérea não seria possível pelo fato dos gafanhotos estarem protegidos sob a vegetação densa na área.
Parte de la población se encuentra asentada cercano al Río Ávalos, Departamento Curuzú Cuatiá. Dada la ubicación no es posible la ejecución de tratamientos aéreos. pic.twitter.com/oh1aLMIolY
— Senasa Argentina (@SenasaAR) July 16, 2020
A nuvem, que percorre desde junho a região a província e colocou em alerta Brasil e Uruguai, está pousada no local desde o início da semana. O objetivo é fazer aplicações com equipes a pé e com equipamentos costais, ainda que pontuais, antes que a nuvem decole outra vez, com a chegada do ar mais quente. No Rio Grande do Sul, está previsto calor de 30 graus para os próximos dias.