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Notícias | País ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL

Órgão federal autoriza governo a comprar remédio mais caro do mundo por até R$ 6,5 milhões

Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos aprovou novo teto que deve auxiliar na negociação com fabricante. Remédio chegou a ser vendido por R$ 12 milhões em 2020

Por Ermilo Drews
Publicado em: 16.02.2022 às 14:41 Última atualização: 16.02.2022 às 15:31

Conhecido como o medicamento mais caro do mundo, cotado em R$ 12 milhões um ano e meio atrás, o zolgensma, usado no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME), poderá ser adquirido por um valor "mais em conta". Atualmente, o medicamento custa cerca de R$ 10 milhões, no entanto, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) aprovou uma nova precificação para o zolgensma, o que permitirá ao governo federal pagar até R$ 6,5 milhões pelo remédio, o que precisará ser negociado com a fabricante. O valor anterior oferecido pelo governo, de R$ 2,9 milhões, era visto como muito baixo pela fabricante.

Zolgensma é usado no tratamento da atrofia muscular espinhal (AME)
Zolgensma é usado no tratamento da atrofia muscular espinhal (AME) Foto: Divulgação
As informações foram divulgadas pelo deputado federal Lucas Redecker, que tem abraçado pautas em relação ao tema, como o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado que prevê o teste do pezinho ampliado, o que permitirá identificar doenças como a AME cedo - o que pode facilitar o diagnóstico e antecipar o tratamento.

“O novo teto é um passo muito importante para a incorporação do medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS), que é o nosso grande objetivo. Enquanto isso não ocorre, o Ministério da Saúde espera ganhar um maior poder de negociação, reduzindo o valor nos casos de judicialização”, explicou Redecker em sua rede social.

No Estado, a AME ganhou visibilidade em 2020 após o surgimento de campanhas por doações para o tratamento de crianças gaúchas com o zolgensma, orçado em R$ 12 milhões na época. Uma destas crianças, Lívia Teles, de Teutônia, conseguiu arrecadar o valor necessário e realizar o tratamento nos Estados Unidos. Mas a maioria não consegue.

Entenda a doença

A AME é uma das oito mil doenças raras registradas no mundo - para ser considerada rara, a enfermidade precisa atingir 65 a cada 100 mil pessoas. Degenerativa e hereditária, ela interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína (a SMN) essencial para a sobrevivência dos neurônios motores, que controlam atividades como andar, falar, respirar e engolir.

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