Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | País POLÍTICA

Rejeição a Bolsonaro cresce no Twitter após Rússia atacar Ucrânia

De acordo com pesquisa, 77% das interações de usuários sobre o presidente foram negativas

Por Redação, O Estado de S.Paulo
Publicado em: 24.02.2022 às 21:46

A rejeição a Jair Bolsonaro cresceu nas redes sociais desde o início dos ataques da Rússia contra a Ucrânia, após horas de silêncio do chefe do Executivo sobre o conflito que teve início na madrugada desta quinta-feira (24).

No Twitter, até o início da tarde, 77% das interações de usuários sobre o presidente foram negativas, segundo pesquisa Modal/AP Exata. O número é 13 pontos maior do que o registrado na quarta-feira (23), quando o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ainda não havia iniciado os bombardeios.

A reprovação a Bolsonaro veio acompanhada de uma queda na confiança no governo. Apenas 9,9% dos internautas publicaram mensagens favoráveis à gestão do presidente, ante 15% que se manifestavam dessa forma ontem.

De um dia para o outro, menções ao governo também revelaram um maior sentimento de medo (de 19% para 25%) e raiva (de 15% para 18,5%).

Segundo a pesquisa, a maior parte dos usuários que criticam Bolsonaro rejeitam a posição solidária que o presidente manifestou em relação à Rússia após sua última visita ao país e vinculam tal posturam a uma suposta simpatia por Moscou.

O levantamento também mostra que internautas temem declarações desastrosas do presente. "Muitos perfis referem que há uma aliança de 'ditaduras comunistas' contra as democracias liberais e lamentam que o PR não condene o ataque à Ucrânia", mostra o levantamento.

O estudo da Modal/AP Exata indica ainda que, resultado disso, a hashtag "Deus Bolsonaro" ficou entre as mais comentadas no Twitter, com muitas publicações pedindo que o presidente não se manifestasse. "Pelo amor de Deus, Bolsonaro", escreveram diversos internautas.

Bolsonaro também foi alvo de críticas por ignorar o conflito na Ucrânia e participar de uma nova motociata em São José Rio Preto nesta manhã. Na ocasião, disse apenas que "comunismo é um fracasso, socialismo é uma desgraça." Até então, apenas o vice-presidente Hamilton Mourão tinha se manifestado sobre o caso, ao dizer que o Brasil "não está neutro".

Mais tarde, pouco depois das 15 horas, o presidente quebrou o silêncio e se pronunciou sobre o ataque russo à Ucrânia em sua rede social. Ainda sem condenar explicitamente a ação russa, disse estar "totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia".

"Nossa Embaixada em Kiev permanece aberta e pronta a auxiliar os cerca de 500 cidadãos brasileiros que vivem na Ucrânia e todos os demais que estejam por lá temporariamente", escreveu.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.