Enem 2022 aborda higienização na pandemia, testes de Covid e doping no esporte
Aplicação do exame, que é o principal vestibular de universidades públicas e privadas do País, começou às 13h30 deste domingo (20)
Estudantes que fizeram o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 encontraram questões sobre a higienização de ambientes na pandemia e funcionamento de testes de Covid-19. Houve menção ainda a órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), além da prática de doping no esporte.
Os candidatos tiveram de responder 90 questões de matemática e ciências da natureza. A aplicação do exame, que é o principal vestibular de universidades públicas e privadas do País, começou às 13h30 deste
domingo (20). Na última semana, foram aplicadas provas de Linguagens e Ciências Humanas, além da Redação. O número de inscritos foi de 3,4 milhões, o segundo menor patamar desde 2005.
"No Enem, é a primeira vez que está caindo questões sobre pandemia", afirma Ademar Celedônio, diretor de Ensino e Inovações Educacionais do SAS Plataforma de Educação. Após não ter aparecido na edição passada, o tema foi abordado de forma explícita em ao menos duas questões na prova deste domingo.
A primeira dessas questões abordou a prática de higienizar espaços com ozônio. "O enunciado tratava de questões relacionadas com a higienização de ambientes e de objetos", explica o coordenador da área de Ciências da Natureza do Cursinho da Poli, Fábio Machado.
Segundo ele, a questão falou sobre como, em alguns casos, a opção por desinfecções desse tipo não levava em conta os efeitos tóxicos do gás, o que pode ser danoso à saúde.
Já a segunda questão sobre pandemia abordou como funcionam os testes de PCR, considerados um dos mais precisos para detecção do vírus. "Foi surpreendente [ter questões sobre pandemia] nessa prova, a
gente não esperava", aponta o coordenador.
Além de abordar a pandemia, o segundo dia de provas contou ainda com itens que trataram da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Organização Mundial da Saúde. Teve também uma questão sobre o
hormônio eritropoetina, um tipo de doping sanguíneo usado no esporte. "Em 2019, teve uma questão que cobrava praticamente a mesma coisa", relembra Machado.
Coordenador de Ensino e Inovações do SAS Plataforma de Educação, Vinicius Beltrão aponta que, embora tenha abordado temas relacionados à pandemia em muitas questões, "a prova trouxe muitas referências
e textos de publicações antigas, datadas de 2009, 2012, 2013 e 2014". "Tinham poucos textos retirados do recorte de 2020 para cá", afirma.
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A avaliação inicial do diretor do Cursinho da Poli, Giba Alvarez, é positiva. "Foi uma prova muito bem feita e muito explicada, mas que o contexto exigiu bastante que o estudante conhecesse os assuntos disciplinares. Teve pouca interrelação entre Biologia, Física e Química", afirma. "A maioria das questões foi de conhecimento específico, inclusive as de Matemática."