VÍDEO: Motor de avião da Gol com destino a Porto Alegre pegou fogo no Rio de Janeiro? Entenda
Falha no motor direito no momento da decolagem assustou passageiros e fechou aeroporto Santos Dumont
Uma falha em um dos motores do Boeing 737-8 da Gol de prefixo PR-GXH que faria o voo 2040, do Rio de Janeiro para Porto Alegre no fim da tarde desta quinta-feira (4), assustou passageiros que estavam a bordo e alterou a rotina do Aeroporto Santos Dumont, no Centro da cidade. Não houve feridos.
O avião estava posicionado em uma das cabeceiras da pista e, quando iniciou a aceleração para decolagem, o motor direito soltou fogo. A decolagem foi imediatamente interrompida e, minutos depois, o avião foi recolhido para o pátio do aeroporto.
Mesmo assim, a pista do Santos Dumont ficou fechada das 17h27 até as 18h26. Isso porque pequenos pedaços que se soltaram do motor ficaram na pista e, por motivo de segurança, a área precisou ser isolada para limpeza. "A equipe de manutenção e operações prontamente realizou a vistoria e limpeza da pista, para a liberação", informou a Infraero.
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A companhia aérea Gol emitiu nota sobre o incidente. "A Gol informa que o voo G3 2040 desta quinta-feira (4) operando a rota Rio de Janeiro (SDU) para Porto Alegre (POA) às 17h20, teve a decolagem interrompida após ser constatada uma falha técnica no motor 2. A decisão foi tomada no início da corrida em baixa velocidade nos primeiros metros da pista do aeroporto Santos Dumont", diz o texto.
A nota informa ainda que "a tripulação cumpriu os procedimentos previstos e retornou para a posição de estacionamento para realizar o desembarque, que ocorreu sem intercorrências. Para minimizar os impactos aos clientes, a companhia está disponibilizando acomodações nos próximos voos. A Gol reforça que todos os procedimentos foram realizados com foco na segurança, valor número 1 da companhia", conclui.
O engenheiro de voo aposentado Rubem Oscar Bürgel fez uma análise prévia do assunto a pedido do Grupo Sinos e explicou que não é correto dizer que "o motor pegou fogo". Ele acredita que "o motor despalhetou", ou seja, "o combustível que não produziu trabalho foi expulso pela descarga junto com pedaços minúsculos", gerando as labaredas.
Segundo Bürgel, esse tipo de situação ocorre quando as palhetas do motor se partem, muitas vezes por ingestão de pássaro ou de pedaços de lixo/sujeira da pista. A ingestão de pássaro pode ocorrer tanto em solo quanto em voo. "O motor fica oco, quebra a primeira palheta e assim sucessivamente", exemplifica, ponderando que trata-se apenas de uma possibilidade.
Foi muito pior… motor pegou fogo pic.twitter.com/t4poWPJATy
— Jerônimo Goergen (@jeronimogoergen) May 4, 2023