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PERÍCIA CONCLUÍDA: Veja o que diz FAB sobre acidente aéreo que matou Marília Mendonça

Aeronave caiu no município de Piedade de Caratinga, em Minas Gerais, após colidir com um cabo da Companhia de Energia do estado em novembro de 2021

Publicado em: 12.05.2023 às 16:17 Última atualização: 15.05.2023 às 19:11

A investigação sobre o acidente que matou a cantora Marília Mendonça, em 5 novembro de 2021, foi concluída pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB). Na próxima segunda-feira (15), o resultado da perícia será apresentado aos familiares e, posteriormente, publicado no site da Cenipa.


Aeronave caiu junto a cachoeira perto de Caratinga
Aeronave caiu junto a cachoeira perto de Caratinga Foto: CBMMG/Divulgação

O resultado das apurações não foi adiantado pelo órgão, que também não informou a data exata de quando o relatório final será disponibilizado publicamente.

A aeronave de matrícula PT-ONJ caiu no município de Piedade de Caratinga, em Minas Gerais, após colidir com um cabo da Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig). Além da sertaneja, estavam à bordo o produtor Henrique Bahia, o assessor Abicieli Silveira e os pilotos Geraldo Martins de Medeiros e Tarciso Pessoa Viana. Todas as cinco pessoas dentro do bimotor morreram.

 

Conforme afirmou a Polícia Civil de Minas Gerais em novembro de 2022, o acidente aconteceu após o piloto da aeronave não seguir o padrão de pouso do aeroporto de Caratinga. "O que a gente sabe mediante depoimentos feitos é que o piloto não fez a manobra que se esperava, ele saiu da zona de proteção do aeródromo", afirmou o delegado Ivan Lopes, que disse ter falado com pilotos que aterrissaram no aeroporto no mesmo dia.

"Não há uma obrigatoriedade de pousar nessa forma padrão, mas, quando ele sai dessa zona de proteção do aeródromo, é por conta e risco dele. Ele se afastou muito, veio muito baixo e se chocou", explicou o delegado.

A Polícia informou que, ao longo do voo, nenhum problema técnico foi relatado pelo piloto e que a Cemig não estava obrigada a sinalizar a existência dos cabos de energia, já que estavam além da zona de proteção do aeródromo, delimitada por um raio de três quilômetros.

O advogado Sergio Alonso, que representa a filha do piloto Vitória Medeiros, defende, no entanto, que a empresa deveria sim ter sinalizado a presença dos cabos de transmissão. Uma ação indenizatória contra a Cemig foi ajuizada após a conclusão de uma longa perícia sobre o caso, que foi encomendada pela família do piloto.

"A aproximação é feita de fora para dentro da zona de proteção. Como tinha esse fio, os aviões que conhecem essa região fazem o mergulho antes, de forma abrupta. Esse foi o primeiro voo dele no local, e a norma em aviões comerciais é fazer curvas de pequena inclinação, suaves", disse o advogado Sergio Alonso ao explicar a opção do piloto Geraldo Medeiros. O advogado ainda relata que o piloto teve sua visão prejudicada pelo sol, que estava em sua direção. 

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