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Descrição da foto: Utilização dos contêineres-cela iniciou em maio deste ano
Em entrevista à Rádio ABC nesta quinta-feira (26), no programa Ponto e Contraponto, o delegado da 3ª Delegacia de Polícia, Alexandre Quintão ponderou que a desativação dos contêineres-cela instalados junto ao Instituto Penal de Novo hamburgo é 'uma grande perda' para o sistema de segurança. Ele acredita que a decisão fará com que a Brigada Militar realize, de maneira mais frequente, a custódia de detentos em frente à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e, consequentemente, diminua o patrulhamento ostensivo nas ruas da região.
"O grande problema é que, cada vez mais, os agentes da Brigada Militar terão de custodiar detentos. Isso se torna negativo para todos, desde a sociedade que terá a ausência de mais segurança nas ruas, como para o Estado, que terá de pagar horas extras para esses profissionais", afirmou Quintão. Ele também acredita que a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) não soube gerir os detentos que ficaram alocados nos contêineres-cela. "O que chamou a decisão dos juízes para que a decisão fosse tomada, foi justamente o tempo em que os detentos ficaram em condições precárias junto aos contêineres. Foram vários dias em situaçãodegradante, inclusive sem acesso à higiene pessoal", frisou. "Hoje, por exemplo, já se tem dois presos custodiados pela BM em frente à DPPA", finaliza.
A Susepe, por sua vez, contesta a informação. Por meio de sua assessoria de imprensa, alega que a solução provisória para a situação, ou seja, utilizando os contêineres, foi articulada em conjunto com a Polícia Civil, Poder Judiciário, Ministério Público e, ainda, a Brigada Militar.
Na madrugada de hoje, 26 presos foram encaminhados pela Susepe para o sistema prisional. Eles estavam provisoriamente alocados em dois contêineres no Instituto Penal de Novo Hamburgo (IPNH). A ação, que teve o objetivo de cumprir decisão da 7ª Câmara do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, aconteceu após a Susepe ser notificada, na quarta-feira (25), de que teria que desocupar as estruturas em até 24 horas. Caso não atendesse a decisão judicial, os presos seriam liberados para voltar para casa.
