Integrantes de uma quadrilha de roubo de veículos, que atuava principalmente na região central de Novo Hamburgo e em São Leopoldo, foram presos na madrugada desta terça-feira (29) por agentes da 2ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo. O grupo de criminosos atacava principalmente mulheres, no momento em que chegavam ou saíam de suas residências.
Cinco homens, dois de São Leopoldo e três de Novo Hamburgo, foram presos em flagrante em uma casa, às margens da RS-240, no bairro Scharlau, em São Leopoldo após a operação da Polícia Civil, por volta das 3 horas. O local, segundo a investigação, era utilizado como uma espécie de depósito da organização criminosa, onde os carros roubados eram clonados.
Segundo o delegado Rodrigo Zucco, o grupo tem ligação com a facção criminosa “Os Manos” e os após a adulteração, os veículos eram utilizados em outros delitos, como roubos a estabelecimentos comerciais e residências, tráfico de drogas e até homicídios. Quando os agentes chegaram na casa, estavam trabalhando na clonagem de um carro que havia sido roubada há poucos dias. Os bandidos estavam lixando o chassi do veículo para adulterá-lo.
Ao todo foram recuperados nove carros roubados recentemente na região. Na casa onde aconteceram as prisões, os policiais localizaram os materiais para a clonagem dos carros, miguelitos, uma máscara utilizada nos roubos para dificultar o reconhecimento dos criminosos, além de rádios na frequência da Brigada Militar.
Os presos não tiveram suas identidades reveladas pela Polícia e foram autuados por receptação, adulteração de sinal identificador de veículo e associação criminosa.
Chamou a atenção do delegado a casa de alto padrão utilizada pelos criminosos realizarem a clonagem dos carros. “Uma casa bem grande, com muito espaço, para não chamar a atenção da Polícia”, explica. O grupo estava sendo investigado nos últimos dois meses e cometeu roubos também em Porto Alegre e Montenegro.
Segundo Zucco, o número de veículos roubados poderia chegar a cinco por dia, ultrapassando o índice de 100 veículos pro mês. “O crime anda sobre rodas, não se vê um criminoso cometendo um crime mais grave e fugindo a pé. Por isso ao combater o roubo de veículos, consequentemente diminuímos a incidência de outros delitos”, avalia.
A investigação segue para identificar os demais participantes da quadrilha, inclusive identificar os autores dos roubos.