A Polícia Civil remeteu essa semana à Justiça o inquérito sobre a morte do adolescente Matheus Rosalvo Severo Castro, 17 anos, ocorrida na madrugada do dia 9 de setembro no bairro Feitoria, em São Leopoldo. O autor confesso do disparo que matou Castro, o chapeador Jorge Emílio Tessmer Medina, de 59 anos, foi acusado de homicídio qualificado. Além disso, a Polícia ainda pediu a prisão preventiva dele.
O fato aconteceu na Rua Professor Clauss Saenger, no bairro Feitoria. Castro e um amigo, de 19 anos, estariam conversando entre carros da chapeação estacionados na rua quando foram surpreendidos por Medina, que atirou acertando Castro com um disparo no peito. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Centenário, mas morreu durante atendimento.
O outro jovem não foi atingido. Medina se apresentou um dia depois na delegacia. À Polícia, ele disse ter escutado os cachorros latindo e pensou se tratar de assaltantes. Após ver dois homens correndo na rua, se deparou com Castro e o amigo entre os carros. Ele teria escutado alguém gritar "perdeu, tio", no momento em que um dos jovens teria feito um gesto como se fosse sacar uma arma. Foi então que desferiu dois disparos contra a dupla. Ao delegado, Medina apresentou um registro vencido de um revólver calibre .32. Ele não entregou a arma à Polícia, uma vez que disse a ter perdido enquanto estava correndo logo após os disparos.
Responsável pela defesa de Medina, Gustavo Rieth, se disse tranquilo em relação ao inquérito. "Consegui trazer provas documentais de postagens no Facebook sobre a personalidade da suposta vítima. Dentre elas fotos de drogas, munições e armas, de páginas que ele seguia e compartilhava no próprio perfil", conta o advogado. Conforme a Polícia, nenhum dos três envolvidos no caso possuía antecedentes.
"Sobre o pedido de prisão preventiva, a defesa está tranquila pela coerência do Poder Judiciário uma vez que o indiciado, de 59 anos, aposentado e pai de família, nunca foi uma ameaça a vizinhos ou à comunidade. Não seria agora uma ameaça para permanecer preso até o final da sentença e da possível absolvição", avalia o advogado Gustavo Rieth, que atua na defesa do acusado.