Após concorrerem com mais de sete mil estudantes da rede pública de todo Brasil, Laura Eduarda Mallmann Kieling, de Santa Maria do Herval, e Vitória de Andrade Romagna, de Sapucaia do Sul, ambas de 18 anos, foram as únicas gaúchas escolhidas para participar do Programa Jovens Embaixadores 2020. As duas estão entre os 50 estudantes que passarão três semanas nos Estados Unidos, em janeiro, para participar de oficinas sobre liderança, projetos de empreendedorismo social e reuniões com representantes do governo. Também vão frequentar escolas da região e fazer apresentações sobre o Brasil.
O Programa Jovens Embaixadores é uma iniciativa de responsabilidade social da Embaixada dos Estados Unidos, implementada em parceria com instituições dos setores público e privado. Seu objetivo é beneficiar alunos brasileiros de destaque na rede pública de ensino por seu perfil de liderança.
Laura é aluna do terceiro ano do Colégio Estadual Cônego Afonso Scherer. Seu projeto estuda a possibilidade de redução do índice de sintomas depressivos no cotidiano de estudantes de ensino médio, por meio de intervenções em saúde mental no ambiente escolar. "Minha expectativa é que, a partir da realidade observada lá, eu possa melhorar meu projeto aqui". Em junho deste ano, ela obteve a terceira colocação no Prêmio Jovem Cientista.
Preocupada com jovens em situação de risco, Vitória, que estuda no Instituto Federal de Sapucaia do Sul, atua em uma iniciativa de impacto social em sua comunidade voltada para o empoderamento por meio das artes, dança e música. "Espero ter a chance de aprender mais sobre a cultura estadunidense, melhorar minha pronúncia em inglês e interagir com os jovens embaixadores dos outros estados", pontua.
Ela conta que desenvolve um projeto, há 8 anos, na igreja em que participa. "É um projeto recreacional. Nós trazemos crianças da comunidade pra dentro da igreja onde ensinamos alguns ensinamentos da religião pra elas, brincamos, cantamos e ajudamos elas com problemas que possam estar enfrentando em casa e na escola. Se possível, eu gostaria de trazer mais sobre o inglês para o meu projeto, talvez começar a ensinar o básico da língua pra as crianças, preparar elas pra aprender um outro idioma futuramente", salienta.
Após uma série de etapas, que incluiu a apresentação de documentos comprobatórios dos pré-requisitos, exames escrito e oral, entrevistas e visitas domiciliares, o Programa, por meio do Comitê de seleção da Embaixada dos EUA em Brasília, analisou a documentação de 157 semi-finalistas. Ao final do processo de revisão e análise de todos os documentos, foram escolhidos os novos Jovens Embaixadores.