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Notícias | Região Investigação

O que se sabe até agora sobre o caso do médium de Canoas acusado de abusar de pacientes

Morador de Canoas é investigado pela Polícia Civil de Venâncio Aires; na Região Metropolitana ainda não há relatos de vítimas

Publicado em: 25.11.2019 às 17:37 Última atualização: 25.11.2019 às 19:10

Delegado Felipe Cano deu início na apuração do médium em Venâncio Aires Foto: Alvaro Pegoraro - Folha do Mate/Divulgação


Um médium de 64 anos, morador de Canoas, é investigado pela Polícia Civil de Venâncio Aires pela suposta prática do crime de importunação sexual na cidade do Vale do Rio Pardo. Três mulheres já procuraram a Polícia de Venâncio para denunciá-lo e, até o momento, não há indícios de que ele tenha agido também na Região Metropolitana. A orientação é para que possíveis vítimas procurem a delegacia mais próxima para registrar o caso.

Por enquanto o homem é tratado pela Polícia como investigado, ou seja, não há contra ele nenhum tipo de mandado de prisão ou sequer indiciamento. Por este motivo, a identidade do suspeito é mantida em sigilo. A investigação foi revelada pelo delegado Felipe Cano, de Venâncio, justamente para que chegue ao conhecimento de outras mulheres que também podem ter sido vítimas do médium.

De acordo com o delegado, o investigado mora com a mulher em Canoas, onde também faria atendimentos. A Polícia apurou que o médium vai a Venâncio Aires duas vezes por semana. "Nós não fomos até Canoas procurá-lo. Tudo foi feito por aqui. No entanto, sabemos que ele mora na cidade", frisa o policial. Tão logo veio a público a investigação suscitou muito comentário e especulação em Canoas.

No entanto, segundo a Polícia Civil, não há qualquer denúncia contra o médium na cidade. Responsável pela 3ª Delegacia de Polícia (DP), que faz a cobertura da área onde supostamente mora o médium, o delegado Rodrigo Caldas garante não existir nada contra homem em Canoas. "Existe uma investigação em Venâncio Aires, mas não há qualquer denúncia a respeito de situação parecida em Canoas."

Diretor da 1ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), o delegado Mario Souza preferiu não entrar em detalhes sobre o assunto. Afinal, caso o médium também tenha feito vítimas em Canoas ou região, as mulheres terão que procurar a Polícia para que uma investigação seja iniciada. "Caso apareçam denúncias, a Polícia Civil vai apurar", resumiu. Denúncias anônimas podem ser passadas pelo telefone (51) 3425-9056. Pelo WhatsApp (51) 98459-0259 ou pelo site www.pc.rs.gov.br.

Como surgiu o caso?

No mês passado uma vítima procurou a Polícia para falar sobre um médium que estaria agindo como médico e também molestando mulheres em Venâncio Aires. No último dia 11, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão no Centro Espirita Caridade de Venâncio Aires, onde ele trabalhava. No local foram achados medicamentos e utensílios médicos, incluindo curativos, remédios de uso restrito, analgésicos, anestésicos e seringas. "Acreditamos que ele fazia cirurgias espirituais", explica o delegado Felipe Cano, de Venâncio. "Porém, isso é algo que o inquérito vai responder somente ao final."

Centro Espirita onde atuava o médium emitiu nota

De acordo com o delegado Felipe Cano, colaborou para a investigação o fato de o Centro Espírita Caridade de Venâncio Aires ter divulgado nota a respeito do caso. Confira:

"A Diretoria do Centro Espírita Caridade de Venâncio Aires, vem esclarecer os fatos abaixo:

Desde o dia 9 de outubro de 2019 não estamos mais atendendo na Rua Voluntários da Pátria, 466, em Venâncio Aires. O motivo foi o fato de um de nossos atendentes, um médium que por 17 anos prestou atendimento voluntário no nosso centro, estar cometendo procedimentos ilegais e tendo comportamento inaceitável aos propósitos de um centro espírita. Por termos questionado sua conduta, este agiu de má-fé, nos obrigando a abandonar nossa sede e buscar um novo endereço, o qual está sendo preparado para os atendimentos, sem distinção, sempre com respeito e conduta moral, praticando a caridade segundo o que rege o nosso estatuto."

Sem retorno

O nome do suspeito é mantido em sigilo pela Polícia Civil tendo em vista que, até o momento, ele é considerado investigado, ou seja, não foi indiciado. A reportagem fez contato com o advogado do médium, André Luís Ferreira, mas até agora ainda não houve retorno.

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