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Notícias | Região Estarrecedor

Polícia não descarta ligação entre casos de sepulturas arrombadas em Gravataí e Flores da Cunha

Embora ainda não se fale em crimes em série, foram dois cadáveres tirados de túmulos em um intervalo de 15 dias

Publicado em: 26.11.2019 às 16:36 Última atualização: 26.11.2019 às 16:42

Delegado Gustavo Bermudes coordena a apuração feita pela 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Gravataí Foto: FERNANDO LOPES/GES
A Polícia Civil voltou a ser surpreendida no final de semana por mais um caso estarrecedor envolvendo um cadáver. Desta vez, o crime aconteceu no município de Flores da Cunha, na Serra Gaúcha. Uma mulher de 59 anos, falecida há quase dois, foi arrancada da sepultura. Logo após o crime, o delegado Gustavo Bermudes, responsável pelo inquérito que apura o caso da mulher de 49 anos tirada do túmulo do Cemitério Municipal de Gravataí, no último dia 10, foi informado.

De acordo com Bermudes, não se fala de crimes em série porque as circunstâncias entre os dois casos não são "análogas." Existe uma diferença grande entre o que aconteceu na Serra e o que houve em Gravataí. No entanto, o que chamou a atenção do delegado é que um período de apenas 15 dias separa os dois crimes no Rio Grande do Sul. "Por enquanto não podemos descartar qualquer linha da investigação, incluindo a relação entre um caso e outro", frisa. "Contudo, parecem situações muito distintas, sem relação."

Ainda não é possível falar em suspeitos do crime cometido em Gravataí. Todos os parentes da vítima já foram ouvidos, bem como funcionários da empresa MecaniCapina, que administra o Cemitério Municipal. Ninguém, entretanto, parece ter visto ou ouvido nada até agora. "Não dá para falar em suspeitas, contudo estamos esperançosos que informações possam surgir, jogando luz ao caso", resume. "Acreditamos ser possível desvendar o mistério.", finalizou.



À espera de laudos que confirmem o abuso

A 1ª Delegacia de Polícia (DP) ainda aguarda os laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP). Somente com eles em mãos será possível atestar que a vítima de fato foi abusada. Mesmo sem 100% de constatação, tudo indica que a mulher fora de fato vítima de necrofilia (violação de cadáver). A própria "cena do crime" tinha todos os elementos característicos a este tipo de crime, segundo os investigadores da Polícia Civil. Havia marcas de lacerações na vítima encontrada sem calcinha e com os seios para fora da blusa.

"A revolta continua enorme", desabafa irmão

Nossa reportagem voltou a conversar com o irmão da vítima. Como não poderia deixar de ser, ele falou ainda ser enorme a indignação da família em torno do que aconteceu. "Ninguém esquece o que houve", suspira. "A revolta continua enorme. Tanto por conta do crime quanto pelo tratamento dado à família logo depois que o caso veio à tona", diz. "Mas estamos em contato permanente com a polícia e queremos ver o responsável na cadeia", concluiu o irmão, que teve a identidade mantida em sigilo para não expor a família.

Recorde o caso

Acamada a um ano por conta de uma doença rara, uma moradora de Gravataí de 49 anos teve o óbito registrado no dia 9 de novembro. Foi sepultada no domingo, dia 10. O corpo dela acabou sendo achado fora da sepultura na manhã do dia seguinte. Estava atirado em uma clareira a cerca de 30 metros de onde havia sido enterrado. A mulher estava sem calcinhas e com os seios para fora da blusa, com sinais claros de abuso, apontando se tratar da obra de um necrófilo.

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