Após uma sessão conturbada na Câmara de Vereadores de Nova Hartz, que sequer chegou ao final na noite de segunda-feira, o prefeito Flavio Emilio Jost (PP) se pronunciou. E apresentou na terça-feira (26) sua versão sobre a denúncia levada ao Parlamento semana passada e que pede sua cassação.
A polêmica envolve a instalação de uma roda d'água na área central do município. O progressista confirmou, entre outras coisas, que a doação do monumento foi realizada por uma empresa na qual possui participação societária. Apesar disso, rechaçou a hipótese de que a colocação tenha gerado custo aos cofres públicos do município.
A verdadeira história
Durante o programa Ponto e Contraponto, na Rádio ABC, Jost ressaltou que a ideia partiu de dentro de casa. A primeira-dama Mara Wagner solicitou que, por meio da empresa, o prefeito entregasse como “um presente” à cidade o monumento. “Se soubesse que daria toda esta confusão, jamais teria pedido. A gente queria resgatar um pouco da cultura da cidade”, relata ela. Segundo o prefeito, a justificativa estava atrelada à história de Nova Hartz. “O município tem suas origens nas atafonas, que eram movidas por força das rodas d’água”, exemplifica.
O progressista rebate o argumento da denúncia de que a doação deveria ser autorizada pelo Legislativo. “Foi feito um instrumento particular de doação, em 13 de outubro, e um protocolo na prefeitura em que estava sendo doada a roda d’água. Eles insistem em dizer que, pela Lei Orgânica do Município, esta autorização deveria passar pela Câmara. Porém, não prevê”, finaliza.
Ainda paira a incerteza sobre quando a admissibilidade da denúncia será votada, porém Jost diz que o caso lhe traz incomodação. "Não estou nem um pouco satisfeito com isso. Acho que nem caberia. É questão política".