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Após uma noite cansativa de trabalho, o vigilante Valmir Teixeira, 49 anos, queria chegar em sua casa e descansar. Mas ao entrar no pátio, na manhã desta quarta-feira (27), a sensação de alegria e do conforto de chegar em casa deu lugar ao medo, insegurança e revolta. Pela segunda vez, em seis meses, o morador foi surpreendido pela casa arrombada. Durante a madrugada a grade do terreno foi danificada, a porta lateral da casa foi quebrada e a casa completamente revirada. O prejuízo estimado pelo morador da Rua Montezuma, no bairro Roselândia, ultrapassa os R$ 50 mil, já que no primeiro ataque a sua casa, seu carro que estava na garagem foi furtado.
Teixeira explica que nesta manhã chegou em casa por volta das 10 horas, quando percebeu o arrombamento. “A porta estava quebrada e tudo revirado. Levaram diversos eletrodomésticos, como micro-ondas, forno elétrico, televisão, além de roupas, tênis, perfumes e uma joia de valor”, relata. O vigilante afirma que está assustado pois é o segundo crime em pouco tempo. “A gente fica frustrado. Trabalha para conquistar as coisas e alguém vem e simplesmente tira de ti”, desabafa. Para acessar a casa, os criminosos danificaram a cerca do local, e, em seguida, para acessar o terreno, arrombaram a fechadura de uma porta lateral da casa. Não há suspeitos do crime. “Ninguém fala nada, porque as pessoas tem medo”, desabafa.
O morador contou que o primeiro furto sofrido aconteceu em maio. Na ocasião foi levado o carro da vítima, um Peugeot 308 Allure, que estava estacionado dentro da garagem. O bandido teria entrado pela janela da casa, onde conseguiu acesso a chave de veículo. O dono chegou em casa por volta das 7h e viu o portão aberto e danificado. Além do carro, diversos itens pessoais foram furtados. “Minha mãe ainda morava na casa, mas não estava porque tinha viajado. Depois disso ela se mudou de lá, por medo, e fiquei apenas eu”. Até hoje o carro não foi localizado. “Eu sigo pagando as prestações, assim como estou pagando pelos eletrodomésticos que levaram nessa noite”, lamenta.
Com receio de novos prejuízos Teixeira avalia a possibilidade de mudar de casa. “Vivo aqui acho que por uns 25 anos já, primeiro com minha mãe e agora sozinho, infelizmente penso em sair, porque com essa violência não dá”. O morador chegou a acionar a Brigada Militar e também foi até a Central de Polícia para registrar o novo crime.
