Os três torcedores gremistas que espancaram um integrante de uma torcida organizada rival foram identificados, indiciados e estão foragidos, segundo a Polícia Civil de Montenegro, que liderou a investigação. O inquérito policial foi remetido à Justiça e indicia os três homens, que não tiveram seus nomes divulgados, por tentativa de homicídio qualificado, associação criminosa e dano qualificado.
Conforme o delegado André Roese, de Montenegro, os mandados de prisão preventiva dos três foram cumpridos em operação realizada no último sábado (14), em Santa Maria. Os indiciados já haviam fugido no dia anterior, devido a repercussão do caso. A investigação apurou que as torcidas organizadas Super Raça Gremista e Geral do Grêmio já possuíam desavenças em razão de disputa de espaço na cidade de Santa Maria.
Um confronto entre os torcedores já era esperado, pois naquele dia, conforme a investigação, os dois grupos já estariam fazendo provocação desde a saída do estádio. Quando o ônibus fretado pela Geral estacionou no restaurante em Montenegro, passou a ser alvo de garrafadas pelos torcedores da Super Raça, que recém haviam desembarcado de um micro-ônibus. “Ao invés de saírem, até para evitar maiores danos ao veículo e proteção de mulheres e crianças que supostamente estariam no ônibus, os torcedores da Geral preferiram descer para partir para o confronto físico”, pontua o delegado.
O indiciamento do trio coloca rigidez sobre a gravidade dos ataques entre torcedores. “Considerar episódios graves como esse como simples lesões recíprocas e danos ao patrimônio, de baixas penas e com suspensões temporárias de frequência aos estádios, estão se mostrando totalmente ineficazes. Somente com duras penas é que nossa sociedade poderá evoluir e tais episódios passem a ficar marcados como vergonhosos sim, mas do passado”, finaliza Roese.