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Notícias | Região Maus-tratos e abandono

Antigos tutores de cão deficiente devem ser chamados para prestar esclarecimentos à Polícia

Caso de Tintim é investigado pela 1ª DP da cidade

Por Renata Strapazzon
Publicado em: 07.01.2020 às 11:01 Última atualização: 07.01.2020 às 11:45

Câmeras de videomonitoramento flagraram uma das ocorrências. Caso foi registrado na Delegacia de Polícia Foto: Reprodução
Os antigos tutores de Tintim, o cãozinho deficiente abandonado duas vezes no mesmo dia semana passada em São Leopoldo, deverão ser chamados para prestar esclarecimentos à Polícia. Quem garante é o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo, Marcelo Kanner Teixeira. 

Segundo ele, existe uma investigação em andamento relacionada aos fatos e um termo circunstanciado foi instaurado. "Termo circunstanciado é uma investigação 'simplificada', cabível para os crimes de menor potencial ofensivo, nos termos da Lei 9.099/95", explica Teixeira.O casal poderá responder por maus-tratos e abandono. A multa para quem é flagrado abandonando animais pode variar de R$ 500 a R$ 3 mil conforme o Decreto Federal 6.514.

O cachorrinho havia sido abandonado quinta-feira passada (2) em frente a uma empresa de ônibus no bairro Cristo Rei. Câmeras de videomonitoramento do local flagraram o momento em que uma mulher chega em um carro branco. Ela retira do banco traseiro do automóvel dois cães. Em seguida, coloca um deles de volta no automóvel. O cachorrinho branco, que possui uma deficiência nas patas dianteiras, ainda tenta voltar para o veículo quando é empurrado pela mulher, caindo de cara na calçada. A mulher arranca, deixando o animal desnorteado para trás. Horas depois, o cão é deixado na Sempa por um funcionário da empresa, seu antigo dono.

Donos descobertos por acaso

"Postei fotos do cachorrinho no Facebook procurando pelos donos. Uma pessoa de Baleário Camboriú entrou em contato dizendo que o cão era de um mecânico de uma empresa de ônibus, justamente o homem que havia deixado o cachorro na Sempa", comenta o secretário Anderson Ribeiro. Segundo ele, a situação foi informada também ao Ministério Público.

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