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Notícias | Região Afeta os pulmões

Coronavírus tem maior facilidade de transmissão, mas doença é menos mortal que H1N1

Paciente que buscou atendimento em São Leopoldo, com suspeita de coronavírus, teve diagnóstico para H1N1

Por Susana Leite
Publicado em: 29.01.2020 às 15:14 Última atualização: 29.01.2020 às 15:37

A suspeita de coronavírus em um paciente de São Leopoldo, vindo da China, foi descartada. Depois de exames realizados pelo Laboratório Central (Lacen) do Rio Grande do Sul, foi constatado que o paciente estava infectado pelo H1N1. No entanto, ambas as doenças chamam a atenção para a prevenção de doenças respiratórias.

A médica Lessandra Michelin, diretora da Sociedade Brasileira de Infectologia, explica que tanto o coronavírus, quanto o H1N1 são síndromes respiratórias muito semelhantes. A diferença consiste no fato que o coronavírus apresenta alto contágio, enquanto que o H1N1 afeta o organismo com maior gravidade, sendo mais letal. Coronavírus e Gripe A (causada por H1N1) são síndromes respiratórias que provocam tosse, febre e falta de ar.

“A gravidade da doença depende da imunidade da pessoa. Tem os mais suscetíveis, como idosos, crianças e pessoas com imunidade comprometida que estão propensos a desenvolver quadros mais graves, como uma pneumonia grave”, explica Lessandra. “A pneumonia grave causada por vírus respiratório se chama Síndrome Respiratória Aguda Grave. Ela é causada por um vírus. Isto pode ser influenza, pode ser coronavírus”, acrescenta a médica.

Coronavírus é conhecido desde a década de 1960

A médica infectologista Lessandra Michelin explica que o coronavírus é conhecido desde 1960, sendo responsável por causar resfriados leves ou moderados. “Nas crianças sempre provocou casos mais graves”, salienta Lessandra.

Contudo, desde que os casos surgiram na China, descobriu-se que se trata de uma nova cepa do vírus. “Essa nova cepa também tem causado doenças em adultos com quadros um pouco mais grave do que a gente estava acostumada a ver”, comenta.

O vírus afeta os pulmões, provocando uma pneumonia grave. Ainda não tem medicação nem vacina para o coronavírus. “Essa cepa do vírus foi conhecida no dia 31 de dezembro. Ela foi sequenciada e descobriu-se tratar do coronavírus desde o dia 7 de janeiro”, pontua a médica. Além disso, não se sabe quanto tempo o vírus permanece ativo no ambiente.

Gripe A é diferente de coronavírus

O vírus Influenza H1N1 foi o responsável pela Gripe A, que assolou o mundo em 2009. “Naquela época atingiu uma grande população sem grande imunidade, e era um vírus muito patogênico, causava muita inflamação no pulmão”, lembra a diretora da Sociedade Brasileira de Infectologia, Lessandra Michelin. Em comparação com o coronavírus, o H1N1 afeta os pulmões com mais severidade. Mas para essa doença existe medicamento, como o Tamiflu, que tem na rede pública, além das campanhas de vacinação que protegem contra quatro tipos de vírus da gripe.

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