Ainda sentindo o impacto da crise que afetou o setor calçadista e já impacta no desligamento de mais de 24 mil profissionais no País em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Usaflex, de Igrejinha, retomou as atividades nesta quarta-feira, 22, em todas as unidades fabris. A volta ao trabalho acontece com redução de jornada, de salários e enxugamento de 30% da mão de obra da empresa.
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Em comunicado enviado à imprensa nesta tarde, a companhia informou as medidas de proteção que serão usadas dentro das unidades, visando o cuidado com seus colaboradores, assim como as medidas realizadas, tendo em vista a sustentabilidade da empresa. Entre as decisões tomadas pela empresa na retomada da atividade, estão novas demissões. Somando os desligamentos que haviam ocorrido em março – com a demissão de 500 colaboradores –, e os realizados na retomada das atividades nesta quarta, a empresa passa a operar com 30% a menos de mão de obra, o que representa mais de 800 demissões no total.
As medidas também incluem a integração ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, instituído através da Medida Provisória 936. Desta forma, os colaboradores da empresa trabalharão em turno integral do dia 22 ao dia 30 de abril e, a partir de maio, haverá a redução de jornada e salário e/ou suspensão temporária de trabalho.
“Estamos certos de que essas medidas, por mais difíceis que sejam para nossos colaboradores e para nós, serão as que permitirão o retorno das operações normais logo que esta crise passar, e ela vai passar!”, diz a nota.
Para os colaboradores que voltam às atividades nas unidades fabris da empresa, os cuidados de prevenção e combate à disseminação da Covid-19 serão intensificados, como a limpeza e higienização dos ambientes e disponibilização de álcool gel e máscaras, que serão de uso obrigatório.
Além disso, está sendo realizada diariamente a aferição de temperatura de todos os colaboradores e uma equipe médica está em prontidão para atendimentos. “Assumimos aqui o compromisso de analisar a recontratação desta mão de obra logo que o mercado aponte para uma recuperação e tenhamos deixado o estado de epidemia” encerra a nota.