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Notícias | Região Condenado do semiaberto

Homem executado na RS-239, em Novo Hamburgo, era procurado por tráfico internacional

Morador do Loteamento Kephas, em Novo Hamburgo, levou pelo menos três tiros na nuca na manhã desta quarta próximo ao viaduto do bairro São Jorge

Por Silvio Milani
Publicado em: 13.05.2020 às 20:35

Em 2011, foram apreendidos 250 quilos de maconha com o hamburguense na capital Foto: Polícia Federal
Procurado há 11 meses por tráfico internacional de entorpecentes, Adriano Brandão Palini, 42 anos, foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (13) em rua lateral da RS-239, no acesso ao viaduto do bairro São Jorge, em Novo Hamburgo. Conforme o delegado de Homicídios, Márcio Niederauer, estava com pelo menos três tiros na nuca. Morador do Loteamento Kephas, Palini também tinha várias acusações de violência doméstica, além de antecedentes por falsa identidade.

O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) foi avisado por volta das 7 horas sobre um corpo na pista lateral. A execução teria ocorrido há poucos minutos. No entanto, nenhuma testemunha teria informado sobre veículos e rota de fuga dos executores. "Estamos atrás de imagens", comenta o delegado de Homicídios. Segundo Niederauer, ainda é cedo para apontar o motivo e suspeitos do crime. O calibre usado pelos matadores, conforme ele, será informado pela perícia.

Semiaberto

O hamburguense estava com mandado de prisão expedido em 11 de junho do ano passado, válido até agosto de 2026. O motivo é condenação de dois anos, sete meses e nove dias a serem cumpridos no regime semiaberto. Em 2011, ele e três comparsas foram presos com 250 quilos de maconha em Porto Alegre. Palini conseguiu liberdade provisória no ano seguinte e, em 2016, foi condenado a três anos e cinco meses pela 5ª Vara Federal de Novo Hamburgo. O entendimento é que ele não tinha função de comando na quadrilha. Em 2018, conseguiu redução da pena no Superior Tribunal de Justiça.

Do vício ao crime sem fronteiras

Adriano Brandão Palini Palini teria entrado no tráfico por causa do vício em droga. E numa quadrilha com grande movimentação de entorpecentes, pelas fronteiras com a Argentina e Paraguai, conforme a Operação Açores da Polícia Federal, deflagrada em setembro de 2011. Treze já tinham sido presos em flagrante no Estado, com cargas expressivas de maconha, e 11 foram denunciados pelo Ministério Público Federal em novembro do mesmo ano por tráfico internacional.


Na época, foram apreendidos aproximadamente R$ 500 mil em bens do grupo criminoso sediado no Vale do Sinos. Donos de revendas de veículos de Estância Velha e Novo Hamburgo foram condenados como líderes da quadrilha. Mesmo assim, já estão no regime semiaberto. "Dividi em três processos, de acordo com a categoria dos acusados na hierarquia criminosa", recorda o autor da denúncia, procurador da República Celso Três.

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