A Polícia Civil desarticulou um esquema criminoso que se valia de motoboys para abastecer as cidades de Canoas e Esteio com entorpecentes. A chamada Operação To Go, desencadeada pela Delegacia de Esteio, foi resultado de dois meses de investigação. Ao longo do período, os policiais descobriram tudo sobre uma organização que faturava muito com a tele-entrega de cocaína e maconha.
De acordo com a apuração conduzida pela delegada Luciane Bertolletti, somente na última semana, a Polícia Civil identificou uma movimentação no negócio com mais de 300 pedidos de drogas para a região metropolitana.
Três pessoas foram presas. O líder do grupo foi capturado no bairro Mathias Velho, em Canoas, sendo que outros dois integrantes foram surpreendidos pelos agentes em Esteio. "Aumentou muito a demanda de pedidos de tele-entrega de drogas durante a pandemia", explicou a delegada. "Então estamos concentrando esforços para tentar minimizar o mal que este tipo de serviço causa à sociedade."
Conforme o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana [DPRM], o delegado Mario Souza, a tele-entrega já vinha se tornando algo comum na região metropolitana, porém o serviço com motos ganhou interesse maior por conta do isolamento social. "Os caras não querem mais ir buscar a droga", esclarece. "E por isso as quadrilhas estão cada vez mais criativas para tentar continuar faturando com os entorpecentes, mantendo o ciclo vicioso em plena pandemia."
Em tempo, a expressão "to go", que dá nome a ação, na tradução do inglês, significa "para levar", algo comum em serviços de tele-entrega de comida, por exemplo.