O gargalo do tráfego na BR-116 na região do Vale do Sinos está cada vez mais próximo de ter fim, tornando o fluxo de veículo praticamente contínuo entre Porto Alegre e Novo Hamburgo. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) assinou a ordem de serviço para a execução da obra de duplicação da ponte da rodovia federal sobre o Rio dos Sinos e da construção de um novo viaduto ligando a BR-116 a RS-240, no bairro Scharlau, em São Leopoldo, cruzando por cima da atual estrutura.
Primeiro, o consórcio de empresas EPG, MAC, Sogel e Iguatemi, vencedor da licitação realizada em 2016 pelo Dnit e que já tem instalado novas passarelas na região, precisa concluir a elaboração do projeto de engenharia das duas melhorias, que passa posteriormente pelo crivo do órgão do Ministério da Infraestrutura. Com isso, os trabalhadores devem começar a preparar os trechos a partir de outubro. A previsão é do senador gaúcho Luis Carlos Heinze, que se reuniu com a alta cúpula do Dnit esta semana e tem livre acesso ao presidente Jair Bolsonaro. A assessoria de imprensa do Dnit em Brasília foi procurada pela reportagem, mas como, ontem foi feriado de Corpus Christi, não atendeu.
"Esperamos que em outubro deste ano ainda o consórcio de empresas já possa iniciar os trabalhos de duplicação da ponte. O consórcio precisa elaborar o projeto e aprová-lo, para então dar começo à obra", explica o senador. Trata-se de uma licitação por Regime Diferenciado de Contratações Integradas (RDCI), em que a empresa ganhadora da concorrência fica responsável pela elaboração do projeto e da obra em si. "O dinheiro para a execução já está garantido no Orçamento Geral da União. São cerca de R$ 30 milhões. Com o viaduto da Scharlau, pode chegar a R$ 80 milhões o total investido em São Leopoldo", destaca.
Desenvolvimento
Para o senador Heinze, a duplicação da ponte sobre o Rio dos Sinos e a construção de um novo viaduto, ligando a BR-116 à RS-240 e eliminando a sinaleira, não são importantes apenas para o desenvolvimento do Vale do Sinos e Serra, mas para todo o Rio Grande do Sul. "O trânsito é infernal para quem precisa ir da região para Porto Alegre. Imagina como um empresário vai investir em uma região que não tem logística adequada. Os congestionamentos constantes atrasam o desenvolvimento da região", sentencia.
Parceira
O portador da novidade para os leopoldenses foi o vereador David Santos, que fez uma live em sua página no Facebook com o senador Heinze na terça-feira (9). "A região merece essa nova via (duplicação da ponte) que, com certeza, irá desafogar e ajudar na mobilidade urbana tanto da BR-116 como da cidade. O senador Heinze tem sido um parceiro importante junto ao governo federal que já trouxe recursos de mais de R$ 3,5 milhões para serem investidos na saúde, Hospital Centenário e no combate ao Covid-19", destacou.
Consórcio formado pelas empresas EPG, MAC, Sogel e Iguatemi é o responsável pela duplicação da ponte sobre o Sinos e construção de novo viaduto da Scharlau
O senador Heinze também destacou a importância para as regiões dos vales do Sinos e Caí e da Serra da conclusão da Transaçoriana. Com cerca de dez quilômetros de estrada de chão, a via que liga Capela de Santana, Portão e Nova Santa Rita é uma alternativa para fugir do fluxo de veículos da BR-116. Ele está articulando junto ao governo federal a possibilidade de executar a obra, orçada em R$ 14 milhões. "Na sequência (depois da ponte e viaduto na BR-116) ela sai ainda no governo Bolsonaro", afirmou. A pavimentação entre a BR-386 e a Estrada dos Pires foi feita em 2014 pelo Estado.
Outra obra viária importante para a região metropolitana de Porto Alegre, destaca pelo senador Heinze, é a nova ponte sobre o Guaíba. Ele assegura que o governo federal vai concluir até dezembro a pista principal da obra, ligando a capital ao município de Guaíba. "Não vai dar para concluir toda a obra até dezembro em função da pandemia, que atrasou os trabalhos, que já foram retomados. A pista principal será possível concluir, mas os acessos terão que ficar para o ano que vem", relata, reiterando que se o programa de privatizações de rodovias for concluído, trechos concessionados passarão a ser responsabilidade da iniciativa privada e a União terá mais recursos para investir.