Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | Região Pandemia

Donos de restaurantes e bares falam do impacto das restrições em Novo Hamburgo

Com novo decreto, estabelecimentos considerados não essenciais são obrigados a fechar às 20 horas

Publicado em: 18.06.2020 às 03:00 Última atualização: 18.06.2020 às 09:59

Jerri Brisch Santos, dono do restaurante Garfão, fecha as portas às 20 horas em cumprimento ao decreto da Prefeitura Foto: Suélen Schaumloeffel/GES-Especial
O novo decreto da Prefeitura, que restringe o funcionamento de estabelecimentos de serviços não essenciais até as 20 horas, mobiliza donos de restaurantes e bares. O horário impacta o atendimento noturno dos locais, que após o horário só podem operar em sistema de entrega.

Na tarde de ontem, o Sindicato de Gastronomia e Hotelaria de Novo Hamburgo (SindGastrHô) protocolou um ofício na Prefeitura, apresentando como a decisão impacta nos negócios. "Entendemos que a categoria está sendo injustamente penalizada com essas medidas, eis que são os estabelecimentos que mais se preocuparam com os protocolos de higiene", diz o documento assinado pelo presidente do sindicato, Tomás Junchem.

CONTEÚDO ABERTO | Leia todas as notícias sobre coronavírus

Conforme Junchem, o sindicato, que representa o setor mais afetado com a definição, não foi convidado a participar da reunião onde a medida foi apresentada, na segunda-feira. "Os mais prejudicados com isso ficaram de fora. Esperamos agora ser recebidos para conversarmos e buscar alternativa para isso. Os atendimentos presenciais já diminuíram para 30% e a opção de entregas não é viável, pois elas não pagam nem a folha de pagamento", explica.

Investiu para atender

O dono do Restaurante e Pizzaria Garfão, Jerri Brisch Santos, que atua há mais de 20 anos no setor, reestruturou todo seu negócio, investiu em estruturas para garantir a higiene do local e dos clientes e em capacitação da equipe. "Restaurantes são os locais onde mais se preza pela higiene. Seguimos todas as normas. Por que o horário onde há menos pessoas circulando é o problema?", questiona. Santos diz que a Prefeitura precisa justificar a decisão e chamar o setor para dialogar.

O local conta hoje com 41 funcionários, durante dia e noite. "Para nosso setor a redução de clientes já é sentida e as noites são essenciais para pagar as contas, já que os produtos têm um valor agregado e o consumidor está disposto a pagar mais", avalia. O empresário explica que não é contra as medidas, mas sente como se apenas a categoria tivesse impacto na contaminação: "É sabido qual setor seria diretamente afetado. Nós, que adotamos todos os cuidados de higiene e atendimento, com número reduzido de atendimentos vamos pagar essa conta?".

Mobilizado

Donos de bares e restaurantes começaram a se mobilizar para tentar dialogar com o Executivo. Conforme o empresário William Becker, da Esquina Beer House, diversos representantes de estabelecimentos se reuniram na noite de ontem para discutir a situação. "De uma hora para outra todo mundo precisou se reinventar, adequar a uma nova situação. Aí, sem explicação nenhuma, essa decisão? Como os bares e restaurante vão resistir?", questiona, reafirmando que o setor é um dos que mais aplicam medidas de prevenção. O grupo vai voltar a se reunir hoje e busca uma reunião na Prefeitura.

Sem exceções

A Prefeitura comunicou que a procuradoria-geral do Município ainda não recebeu o ofício citado, mas adianta que, no momento, não há previsão de exceções no decreto além daquelas já contempladas, pois a proposta é justamente restringir as atividades sociais noturnas.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.