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Notícias | Região Distanciamento Controlado

Comércio e serviços na semana de bandeira vermelha em Novo Hamburgo

A partir desta terça-feira (23), somente o comércio considerado essencial pode funcionar com atendimento presencial, mantendo 50% dos trabalhadores

Por Bianca Dilly
Publicado em: 22.06.2020 às 19:42 Última atualização: 22.06.2020 às 20:34

Loja estava seguindo as normas de higienização e distanciamento Foto: Felipe Gustavo Schmitt/Especial
Entre os setores que passam por restrições em função da adoção de bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado do Estado, estão o comércio e a prestação de serviços. A região de Novo Hamburgo é uma das que sente as mudanças nesta semana pela primeira vez desde o início da classificação. A partir desta terça-feira (23), somente o comércio considerado essencial pode funcionar com atendimento presencial, mantendo 50% dos trabalhadores. Da mesma forma, está vedada a abertura de serviços que não sejam de utilidade pública.

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Nesse sentido, lojas de itens de vestuário e prestadores de serviço de higiene pessoal são afetados pela medida. O proprietário da Ana Calçados, do bairro Canudos, em Novo Hamburgo, Felipe Gustavo Schmitt, diz que não se impressionou com a entrada na bandeira vermelha, mas destaca que a ação é muito negativa para os comerciantes. “Com certeza, daremos alguns passos para trás. Falando do lado financeiro, vai piorar. Automaticamente, o movimento, que já está fraco, vai diminuir, mesmo funcionando com entregas”, afirma.

Em seu comércio, ele destaca que estavam sendo seguidas as regras de higienização e de distanciamento social. “Estamos pagando pelos que não vêm respeitando as normas de higiene e decretos”, pontua. Para Schmitt, falta equilíbrio no modelo. “Na minha opinião, ou fecha tudo ou não fecha nada. Grandes mercados que vendem de tudo, praticamente shoppings, continuarão abertos. As aglomerações de pessoas estão nesses lugares. Por que nós, que somos comerciantes pequenos, temos que fechar?”, questiona, ressaltando que o seu prejuízo é muito maior em relação a marcas integrantes de redes de negócios.

Serviços também foram afetados

A proprietária da Planno A, Carmem Medeiros, no bairro Pátria Nova, relata que não esperava a classificação da bandeira vermelha. “Achei que não ia mudar, porque tenho conhecidos na área da saúde. Quando veio a notícia, os clientes começaram a ligar, desesperados. A gente lida com o emocional das pessoas, não só com a beleza”, fala, em relação aos serviços de cabeleireiro e estética que são realizados no local.

Para não deixar sua clientela na mão, ela aproveitou o dia de ontem para se preparar. “Normalmente, nas segundas-feiras tenho reuniões com a minha sócia, Elisa, para nos organizarmos para a semana. Resolvemos mudar e começamos a trabalhar às 7h30. Vamos seguir até as 20 horas, que é o horário que o decreto permite estarmos abertos”, ressalta. Carmem ressalta que estavam seguidas as normas de funcionamento para manter a segurança. “Onde temos espaço para cinco cabeleireiros, dois estavam atuando, por exemplo. Usamos álcool em gel, álcool 70%, máscara, higienização e limpeza o tempo todo. A Vigilância Sanitária até esteve aqui e deu o aval”, detalha.

Há um ano e cinco meses atendendo no local, a preocupação dela é com os próximos meses. “Foi nos imposto que a gente teria que parar. Só que as contas não param. Não sei como vai ser daqui a uns dois meses, por agosto, se continuar assim. Por enquanto, a gente vive pensando no hoje. E hoje estamos atendendo bem e fazendo o melhor para o nosso cliente”, conclui.

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