A subida rápida do Rio Caí, no Vale do Caí, já deixa famílias desabrigadas – é segunda vez em uma semana. Até as 8 horas desta quarta-feira (8), 27 famílias já tinham sido removidas em São Sebastião do Caí, sendo 91 pessoas, entre adultos e crianças. Mas a situação deve piorar, conforme avaliação do coordenador da Defesa de São Sebastião do Caí, Pedro Griebler, que já estima um número de perto de 1,2 mil pessoas atingidas pela cheia, podendo ficar desabriagdas ou desalojadas. Isso com a projeção do rio passando dos 13 metros.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, todas as famílias foram abrigadas no Ginásio de Esportes do bairro Rio Branco, diferentemente da semana passada, quando foram abrigadas no ginásio do bairro Navegantes. "Eu só posso levar para o Navegantes quando a enchete é pequena, o que não deve ser agora, pois lá inunda a parte externa também."
A famílias abrigadas receberam máscaras, álcool em gel e passaram por medição da temperatura corporal, além de estarem colocadas com o devido distanciamento entre as famílias.
Na cidade de Feliz, conforme a Defesa Civil, o Rio Caí subiu 5,10 metros entre as 19 horas de ontem e as 8 horas de hoje, passando de 4,90 metros para 10 metros de altura. “Achei que teríamos uma enchente mais fraca. Pois ao longo da quarta-feira, o rio estava subindo média de 10 a 20 centímetros por hora. Mas a partir das 18 horas, tudo mudou, o rio passou a subir muito, com média de 80 centímetros por hora, o que mostra que o rio não se comporta da mesma maneira, interferindo em nossas projeções. Muitas vezes a população não entende”, completou.