Uma quadrilha que explora jogos de azar de Taquara e região foi alvo da segunda fase da Operação Cruz de Malta contra lavagem de dinheiro na manhã desta terça-feira (28). Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso atua no ramo há mais de seis décadas.
Durante a ação, foram cumpridas 44 ordens judiciais, sendo sete mandados de busca e apreensão, 25 medidas constritivas de indisponibilidade de bens móveis e imóveis (em relação a estes últimos, 18, ao total), bem como 12 afastamentos de sigilos fiscais, bancários e financeiros de empresas e pessoas físicas envolvidas.
A maioria dos investigados ostentava poder aquisitivo e bens de luxo, totalmente incompatível com os rendimentos declarados. Em 2015, nas contas correntes do atual líder da organização, houve movimentação de 2 milhões de reais sem origem lícita declarada.
Ainda, nesta segunda fase da operação, identificou-se a aquisição, por parte do grupo criminoso, de diversos imóveis utilizando-se de empresas de fachada, uma delas sediada em um imóvel residencial.
Investiga-se também eventual crime contra a ordem tributária, já que um dos imóveis de um dos investigados teria sido vendido de maneira fraudulenta por uma das empresas usadas pela organização criminosa, com preço subavaliado.
Participaram da operação 35 Policiais de todas as Delegacias Especializadas do DEIC, utilizando-se cerca de 15 viaturas. As duas fases da Operação resultaram, até o momento, na constrição de mais de 8,5 milhões de reais da organização criminosa.
A operação foi realizada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro (DRLD), da Divisão Estadual de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DCCOR), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), sob a coordenação do delegado Marcus Vinicius da Silva Viafore.