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Notícias | Região Saúde

Região luta para manter quadro médico na rede pública

Descrita como um problema nacional, escassez de profissionais torna mais difícil completar equipes

Por Débora Ertel
Publicado em: 12.11.2020 às 03:00 Última atualização: 12.11.2020 às 09:37

Um levantamento feito com o apoio do Conselho Federal de Medicina em 2018 mostrava que o Rio Grande do Sul tinha a maior quantia de médicos por habitantes do Brasil. Há dois anos, eram 2,56 médicos por mil habitantes, 17% a mais do que a média nacional. Apesar disso, há prefeituras que passam por apuros para preencher todas as vagas necessárias. No Município, por exemplo, a Fundação de Saúde de Novo Hamburgo (FSNH) esgotou todos os chamamentos por meio de concursos e ao longo de 2020 sete processos seletivos simplificados para diversas áreas e especialidades. "O déficit de profissionais de medicina é uma realidade nacional que impacta os municípios", argumenta o diretor-presidente da FSNH Jocinei Santos de Arruda. Para tentar mais uma vez solucionar a falta de mão de obra, a entidade lançou um novo edital, com inscrições que se encerram no dia 7 de dezembro.

Cadastro reserva

Médicos Ao todo, são 29 cargos diferentes, com salários que variam de R$ 8.068,40 a R$ 15.675,60, com carga horária mensal de 120 horas. Há cadastro reserva para todas as especialidades. Já com contratação imediata, há mais oportunidades para clínico geral e médico de saúde coletiva, ambos com sete vagas cada um. O último concurso público foi em 2018.

Já em Dois Irmãos, a administração municipal fez um processo licitatório para contratar médicos a fim de completar as vagas e suprir a necessidade de atendimento nas unidades básicas de saúde (UBS). O trabalho destes médicos visa o atendimento eletivo e preventivo da comunidade. Além disso, através de publicação de decreto, os profissionais de saúde, acima de 60 anos e sem comorbidades foram convocados a retornar aos postos de trabalho desde segunda-feira, dia 9. Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura, há dificuldades em encontrar profissionais para as mais diversas especialidades.

Municípios adotam soluções

Em Sapiranga, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a necessidade em relação aos médicos está suprida no momento. O quadro conta com médicos concursados, há especialidades preenchidas através de empresa terceirizada ou por meio de contratação emergencial. No município de Estância Velha, há cinco médicos do programa Mais Médicos em atuação. Também há contratados por empresa através de licitação e médicos concursados pelo município, inclusive alguns especialistas.

A secretária de Saúde de Campo Bom, Suzana Ambros Pereira, informa que a cidade ainda tem concurso público vigente e processo seletivo para algumas especialidades. "Deveremos ter um novo concurso no início do próximo ano, se ampliarmos algumas unidades", disse.

Na cidade de Taquara, a Secretaria Municipal de Saúde tem uma empresa terceirizada com até 900 horas médico/mês para suprir as demandas. Mesmo assim, há dificuldades em encontrar especialistas de média complexidade. Principalmente em traumato ortopedia, neurocirurgia e cirurgias gerais, pois o serviço não foi retomado na sua totalidade pela regulação estadual.

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