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Polícia Civil fecha apuração em torno da venda de sepulturas nos cemitérios de Gravataí

A rede de corrupção investigada envolvia os dois cemitérios do Município. Uma servidora municipal e três funcionários de uma empresa terceirizada foram indiciados, conforme o delegado Marcio Zachello, da 1ª Delegacia de Polícia (DP).

Publicado em: 12.11.2020 às 18:44 Última atualização: 13.11.2020 às 09:08

Caso de incêndio do Cemitério Central deu início a apuração da Polícia Civil Foto: FERNANDO LOPES/GES
A Polícia Civil acaba de concluir um complexo inquérito envolvendo a venda de sepulturas nos cemitérios de Gravataí. Uma servidora municipal e três funcionários de uma empresa terceirizada foram indiciados. A rede de corrupção investigada por agentes da 1ª Delegacia de Polícia (DP) envolvia os dois cemitérios do Município. Foi justamente uma ocorrência envolvendo o Cemitério Central, no bairro Salgado Filho, que acelerou a apuração. Na madrugada de 29 de agosto de 2019, um incêndio destruiu a sede administrativa do local. A suspeita era de um incêndio criminoso com o objetivo de destruir registros que estavam no local.

Foi quando a polícia descobriu que uma funcionária pública da Prefeitura de Gravataí, que tinha na época o cargo de Fiscal dos Cemitérios, vendia irregularmente jazigos, com apropriação de valores. Três funcionários de uma empresa terceirizada colaboravam no esquema. Foram identificadas dezenas de vítimas e testemunhas, assim como obtidos documentos que indicaram fraude na venda de sepulturas. As vítimas relataram à Polícia Civil que eram cobrados pela funcionária valores entre R$ 5 e 6 mil para que um jazigo fosse adquirido através do esquema. "Ela primeiro dizia que não havia jazigos à venda, mas que poderia ser transformado o arrendamento em compra", explicou o delegado Marcio Zachello.

Um dos funcionários terceirizados envolvidos na fraude tem passagens pela polícia pelos crimes de extorsão, estelionato e formação de quadrilha. A Polícia Civil acredita que a fraude tenha resultado em um prejuízo de aproximadamente R$ 150 mil aos cofres públicos. Os quatro suspeitos foram indiciados pelos crimes de peculato, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informações. O documento intitulado 'Título de Concessão' era emitido de forma eletrônica, irregularmente", aponta Zachello. "Até mesmo os túmulos selecionados, alguns muitos antigos ou inexistentes, eram criados pelo sistema para atender a demanda fraudulenta."

Em tempo, um Processo Administrativo Disciplinar foi instaurado pela Prefeitura Municipal de Gravataí, para apurar o fato e tomar providências administrativas sobre o que acontecia nos cemitérios e a participação da servidora do Município. "

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