Polícia descobriu oito empresas de fachada que pertenciam a facção do Vale do Sinos
Conforme divulgado na manhã desta quarta-feira (2), uma empresa funcionava na fronteira com o Paraguai, no Mato Grosso do Sul, facilitando a compra de entorpecentes no país vizinho
A apuração em torno da Operação Iceberg, lançada pela Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (2), foi conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Sapucaia do Sul. A investigação coordenada pelo delegado Gabriel Borges chegou a estabelecimentos comerciais de fachada que funcionavam sob a aparente legalidade. Também conseguiu identificar empresas que recebiam valores no Estado do Mato Grosso do Sul, quase na fronteira com o Paraguai.
O objetivo, conforme concluído pelos policiais, era justamente a compra de entorpecentes no país vizinho. "Eles agiam de forma muito bem estruturada", apontou o delegado. "Tinha quem recolhia os valores e transferências nas contas bancárias determinadas; quem negociava as drogas; e quem apenas destinava o dinheiro arrecadado para comprar imóveis e carros de luxo, transformando o dinheiro do crime em algo acima de qualquer suspeita."
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A investigação vai continuar e novas empresas podem ser implicadas no esquema até o fechamento do inquérito. Na avaliação do delegado Gustavo Borges, a ofensiva representa um novo modelo no enfrentamento da Polícia Civil ao crime organizado. "Buscamos a descapitalização da organização, o que gera enfraquecimento", frisa.