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Notícias | Região Investigação

Empresário de São Leopoldo e mais três são presos por pedofilia

Os quatro homens do Vale do Sinos foram detidos por suspeita de compartilhamento de material pornográfico envolvendo crianças

Publicado em: 09.12.2020 às 10:34 Última atualização: 09.12.2020 às 15:21

Suspeitos de pedofilia foram levados à cadeia na manhã desta quarta-feira (09) Foto: LEANDRO DOMINGOS/GES-ESPECIAL
Quatro suspeitos foram presos, na manhã desta quarta-feira (9), durante a Operação Innocentia, lançada pela Polícia Civil para combater os crimes de pedofilia. A fotografia da menina com o urso estava no telefone apreendido de um empresário preso por agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas.

Conforme o delegado Pablo Rocha, que coordenou a ofensiva, ele tinha farto material em casa contendo pornografia infantil. "Nosso pessoal trabalhou ao longo dos últimos dois meses em torno de alvos específicos responsáveis por este tipo de crime", aponta. "Jogos, chats, mídias sociais e tudo o mais que foi apreendido era utilizado para a prática de atos de assédio a crianças e adolescentes e para a disseminação de material contendo nudez infantil na internet."

Os alvos foram assim classificados pelo delegado: um empresário de São Leopoldo, que também trabalhava em Canoas; um técnico em eletrônica que morava igualmente em São Leopoldo; um secretário que trabalha em uma universidade no Vale do Sinos; e uma pessoa com deficiência que vive em Novo Hamburgo. "Desta vez não foram denúncias", explica Pablo Rocha. "O serviço de inteligência da DPCA de Canoas chegou a estas pessoas através de um extenso trabalho de apuração", esclareceu. "A partir de agora, todo o material coletado vai passar por perícia técnica e pode ou não agravar a situação de cada um dos homens presos nesta quarta." Não foi à toa que dez peritos criminais foram incluídos no cumprimento de cada um dos mandados judiciais nesta quarta.

Com a colaboração dos peritos na casa de cada um dos acusados, foi possível garantir provas materiais para a prisão em flagrante. A entender, caso o suspeito seja preso apenas com provas de que baixou material com pornografia infantil, ele pode ser solto sob fiança, mas se houver o mínimo indício que ele compartilhava conteúdo sexual com menores, é mandado para a cadeia por crime inafiançável. Foi o que aconteceu com um empresário de São Leopoldo levado à prisão pelos policiais. Conforme a polícia, o homem não só tinha um vasto material armazenado, como também divulgava fotografias e vídeos pela internet e redes sociais. "Existe a prova material, então ele foi preso e vai continuar preso durante o processo."

A quarta etapa da Operação Innocentia foi batizada de "Em nome do pai." De acordo com o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), isso aconteceu porque, nesta etapa, a Polícia Civil foi atrás de alvos suspeitos de crimes que se estendem além do baixamento e compartilhamento de material inapropriado na internet. Um empresário preso em São Leopoldo, por exemplo, tem um filho de dez anos em casa. "A partir de agora, a investigação vai apurar se cometeram algum crime, qualquer que seja, envolvendo crianças próximas a cada um deles, mas por enquanto não há nada de concreto sobre isso", explicou.

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