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Notícias | Região Luto

Samu de Taquara faz homenagem ao médico que faleceu por complicações da Covid-19

Viaturas do Samu estacionaram no largo da Praça Marechal Deodoro, e, por um minuto acionaram as sirenes em um sirenaço de condolências ao amigo e a todas as pessoas que já foram acometidas pela doença

Publicado em: 18.12.2020 às 12:55 Última atualização: 18.12.2020 às 15:16

Equipe do Samu de Taquara durante a homenagem ao colega dr. João Barcelos Foto: Magda Rabie | Prefeitura de Taquara

Uma homenagem foi realizada, na manhã desta sexta-feira (18), pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Taquara, ao médico João Barcelos Laureano, que faleceu, na quinta-feira (17), por complicações causadas pela Covid-19.

Com uma carreata das igrejas até à Praça Marechal Deodoro, as viaturas do Samu, estacionaram no largo da praça, e, por um minuto acionaram as sirenes em um sirenaço de condolências ao amigo e a todas as pessoas que já foram acometidas pela doença, alertando a quem passava pelo local, que profissionais da saúde também morrem todos os dias pela doença enquanto cuidam das demais vidas humanas.

João Barcelos morreu na noite desta quinta-feira Foto: Prefeitura de Parobé-Facebook/Reprodução
Com 43 anos de idade, João Barcelos Laureano, trabalhava, atualmente, na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), na ala destinada a pacientes com Covid-19, no Hospital São Francisco de Assis, em Parobé. Por cinco anos, o médico desempenhou suas atividades, junto ao Samu de Taquara, onde voltaria a trabalhar no próximo ano. “Conversei com ele na semana passada e ele me disse que voltaria, mas que primeiro iria tratar os problemas de saúde”, salienta a responsável técnica da unidade Samu/Taquara, enfermeira Cíntia Kerschner.

O médico João Barcelos estava internado desde a quarta-feira da semana passada, mas os sintomas iniciaram no início do mês, segundo relatou Cíntia. “Os sintomas iniciaram com problemas cardíacos, chegou a ir a Porto Alegre, onde fez diversos exames; fez um cateterismo, em função da cardiopatia que se descobriu naquele momento, e começaram muitas alterações. Não se suspeitava de Covid, mas o quadro foi evoluindo para disfunção renal e depois respiratória agravando mais ainda o quadro”, explica emocionada.

Durante a homenagem ao médico, cartazes alertavam a comunidade. “O Covid não escolhe a vítima”, “Perdemos um soldado, mas não a guerra”, “Continuaremos na linha de frente por todos nós” e “Samu Taquara de Luto”. “Ele era um cara sensacional, dono de um coração gigante, alegre, despojado, realmente uma perda muito grande, por isso a gente se emociona tanto ao falar. Só acreditamos mesmo, quando é alguém do nosso convívio”, revela Cíntia.

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