Devido à escassez de chuva neste verão, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) determinou que todas as indústrias que realizam lançamento de efluentes líquidos nas bacias dos rios do Sinos e do Gravataí, direto ou via rede pública, reduzam em 30% a sua vazão de lançamento. A determinação entrou em vigor na última quinta-feira.
A Fepam já notificou, por ofício, cerca de 100 empresas que devem seguir a determinação.
A ação faz parte de plano de contingência adotado pelo governo do Estado ainda no verão passado para o enfrentamento à estiagem, conduzido pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). O acompanhamento é realizado de forma conjunta entre a Sema, a Fepam e a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
De acordo com a meteorologista Estael Sias, da MetSul, a chuva do último final de semana teve reflexos na área do Rio dos Sinos. A quantidade de água amenizou os impactos da estiagem. No entanto, ainda não reverteu todos os problemas ocasionados pelo fenômeno climático dos últimos meses. "A chuva colaborou, mas está muito longe de reverter este cenário e certamente o nível do rio seguirá sendo uma preocupação para a região."
A Associação Comercial, Industrial e de Serviço de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/CB/EV) informa que de suas mais mil empresas associadas, 27% são indústrias que operam especialmente nos setores calçadista e metalúrgico e não realizam o lançamento de resíduos de qualquer espécie nos rios dos Sinos e Gravataí. Desde 1988, a entidade mantém a Fundação de Desenvolvimento Ambiental (Fundamental), ONG sem fins lucrativos instituída com o objetivo de assessorar as empresas associadas nas questões ambientais.
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