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Bombeiros voluntários ingressam na Justiça pela volta do serviço 193

Problema, segundo os Bombeiros, tem mais do que dobrado o tempo de resposta nos atendimentos. O caso é mais sério em Igrejinha, Três Coroas e Rolante que não contam com serviço de Samu

Publicado em: 19.01.2021 às 08:10

A Associação dos Bombeiros Voluntários do Rio Grande do Sul (Voluntersul) deu entrada, nesta segunda-feira (18), em uma ação na Justiça contra a operadora de telefonia Oi. O objetivo é fazer com que a empresa resolva com rapidez os problemas nas linhas de emergência 193 nos municípios Três Coroas, Rolante, Igrejinha, Candelária, Agudo e Teutônia. Segundo a entidade, desde o dia de Natal do ano passado, chamadas de emergência de pessoas que precisam socorro nos seis municípios não chegam aos quartéis dos bombeiros voluntários. As ligações acabam caindo em quarteis de bombeiros militares de cidades próximas, que só então repassam as ocorrências para cidades de origem ou pedem que as pessoas liguem para os números administrativos (não gratuitos) das unidades voluntárias.

Ainda segundo a Voluntersul, o problema tem mais do que dobrado o tempo de resposta dos bombeiros voluntários para chamados de incêndios, acidentes de trânsito, resgates e atendimentos pré-hospitalares (APHs) em geral – pessoas passando mal, acidentes domésticos e outros. “Já tivemos atraso sério em atendimento de incêndio, mas o temor maior é de que alguém acabe morrendo pela demora na chegada de socorro”, explica o presidente da Voluntersul, Anderson Jociel da Rosa.

O caso se torna ainda mais sério considerando que três das cidades prejudicadas (Igrejinha, Três Coroas e Rolante) não contam com serviço de Samu, e, por isso, são seus bombeiros voluntários que se encarregam dos casos de atendimentos com ambulância e socorristas. Em 2019, as corporações voluntárias dos seis municípios afetados somaram cerca de 8,5 mil ocorrências atendidas pelo 193 de suas sedes – os números de 2020 devem ser fechados este mês.

Comando estadual justifica

Em contato com a reportagem do Jornal NH, ainda no mês de dezembro de 2020, o Comando do Corpo de Bombeiros Militar do RS alegou que "em decorrência de sua articulação operacional, cuja publicidade é dada por meio da publicação em Diário Oficial, demandou a operadora para revisar a utilização dos referidos números por particulares", afirma. O CBM/RS informa que nos municípios onde há Scab regularizado, pelo termo de cooperação vigente com o Rio Grande do Sul, artigo 128 da Constituição do Estado, e escala ininterrupta nas 24 horas, é mantido o atendimento local do fone 193. "Nas demais localidades, a ligação é direcionada para nossa unidade mais próxima e que possui responsabilidade territorial por aquele local", comunica, em nota. A orientação do CBM/RS é de que os prefeitos de municípios sem Scab ou com equipes irregulares devem buscar a regularização imediata. "A autoridade com competência para adotar a iniciativa de estabelecer um Scab é o prefeito. Não pode um particular, uma associação ou uma empresa adotar essa iniciativa sob pena de ferir a Constituição do Estado do Rio Grande do Sul", complementa.

Processo busca restabelecer sistema

Conforme Anderson, o processo contra a Oi é tanto para ela acelerar o restabelecimento do sistema quanto para garantir que a demanda do Estado esteja realmente interrompida. Isso porque o pedido de desligamento do 193 nas unidades voluntárias abrangia as 15 corporações voluntárias (entre as 54 associadas à Voluntersul) que contam com a linha de emergência. Onde consta, por exemplo, o quartel do Corpo de Bombeiros Voluntários de Garibaldi (que tem o serviço 193 desde 1978); o quartel de Nova Petrópolis (que desde 1992 atende uma das mais importantes regiões turísticas gaúchas) e o de São Sebastião do Caí – que tem o 193 desde 1995 e é uma das maiores corporações do Estado, com 16 viaturas e 47 voluntários, à beira da RS-122 (uma das principais rodovias gaúchas).

Contatos bombeiros voluntários

Igrejinha

(51) 3545-8505

(51) 3545-7876

(51) 99791-0170

Três Coroas

(51) 3546-6201

Rolante

(51) 3547-3057

(51) 3547-3108


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