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Notícias | Região Vale do Paranhana

Em Rolante, consumo de oxigênio cresceu mais de dez vezes na pandemia

Hospital que consumia dois cilindros por dia antes da pandemia, hoje precisa de mais de 20. Em 12 dias, consumo de março já supera todo mês de fevereiro

Por Matheus Chaparini
Publicado em: 12.03.2021 às 17:00 Última atualização: 12.03.2021 às 17:14

Quase todos os dias, o caminhão da White Martins descarrega novos tubos de oxigênio no hospital de Rolante, no Vale do Paranhana. Antes da pandemia, as entregas eram feitas uma vez por semana.

O consumo de oxigênio na unidade disparou nos últimos dias e está mais de 10 vezes acima do volume considerado normal pela administração do hospital.

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Antes da pandemia, eram adquiridos de 50 a 60 cilindros por mês. Em janeiro, foram 117 cilindros. Em fevereiro, o número subiu para 281. Em apenas 12 dias do mês de março, já são 291.

“Eram 2 cilindros por dia, agora é um e meio por hora. Isso tudo em um hospital de médio porte, que já vem com o orçamento combalido ao longo dos anos pelas dificuldades todas que conhecemos. Isso é devastador nas finanças do hospital”, afirma o administrador do Hospital de Rolante, Flaubiano Lima.

O preço também subiu, de R$ 135 para R$ 165 nos últimos 40 dias.

Anestésicos no fim

A principal preocupação da administração no momento é a iminente falta de anestésicos. O estoque atual é suficiente para mais alguns dias e não há perspectiva de nova aquisição.

“Ainda não fomos afetados porque vínhamos conseguindo comprar. Agora, temos anestésicos só até metade da semana que vem. Para depois de terça ou quarta-feira não tem garantia de que vamos conseguir. Não é nem por falta de recurso, mas porque não existe no mercado”, diz o administrador do Hospital de Rolante, Flaubiano Lima.

Além disso, os preços dispararam. Ele afirma que há medicamentos que custavam R$ 5 a amplo antes da pandemia e agora custam mais R$ 30.

Campanha de arrecadação
A Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária (Acisa ) de Rolante e Riozinho criou uma campanha para arrecadar dinheiro para comprar insumos para os hospitais dos dois municípios.

Com o mote “Ajudem os hospitais a respirarem” a iniciativa busca doações para comprar cilindros de oxigênio, medicamentos e EPIs. A iniciativa tem apoio do Lions Clube e da CDL locais. Nas primeiras 24 horas, a campanha já arrecadou mais R$ 20 mil.

“A gente resolveu, dentro dessa discussão, engajar mais entidades para que isso tomasse mais força. Começou a ganhar corpo de forma extraordinária, com uma resposta positiva da comunidade. Mais de 100 pessoas físicas e jurídicas já contribuíram”, afirma o presidente do conselho da Acisa, Jorge Alberto Ramos de Souza.


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