A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira (12), o uso definitivo da vacina de Oxford no Brasil e também liberou o uso do antiviral Remdesivir, que ainda está em estudos. O medicamento passa a ser o primeiro medicamento com indicação aprovada para o tratamento da Covid-19 no Brasil.
Em entrevista coletiva, a gerente de Avaliação de Segurança e Eficácia do órgão, Renata Lima Soares, afirmou que o remédio Remdesivir apresentou "potente atividade antiviral in vitro e in vivo".
Segundo a especialista, em estudos realizados fora do País que somam 6.283 voluntários, o uso do medicamento reduziu de 15 para 10 dias o tempo médio de recuperação para pessoas afetadas pela Covid-19 bem como diminuiu o tempo de hospitalização e o período em que foi feita a suplementação da oferta de oxigênio.
Conforme a Anvisa, avacina da Oxford/AstraZeneca, que é produzida no Brasil pela Fiocruz, apresentou 64,2% de eficácia contra a Covid-19 nos estudos clínicos realizados no País. A eficácia do imunizante em prevenir diferentes manifestações da doença varia entre 30,6% e 81,5%.
As incertezas sobre a eficácia também estão relacionadas na atuação do imunizante a longo prazo, durante o intervalo de doses, com dose única, em formas graves, em populações especiais (crianças, adolescentes, gestantes e indivíduos imunossuprimidos) e no combate contra as novas cepas do coronavírus.
Segundo o gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, as dúvidas só serão sanadas a longo prazo. "Estamos empenhados em levantar esses dados para ter as respostas", afirmou.
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