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Notícias | Especial Coronavírus Saúde

Anvisa libera Remdesivir e aprova uso definitivo da vacina de Oxford

Antiviral é o primeiro medicamento aprovado para uso em pacientes hospitalizados

Por Estadão Conteúdo
Publicado em: 12.03.2021 às 13:11 Última atualização: 12.03.2021 às 15:28

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira (12), o uso definitivo da vacina de Oxford no Brasil e também liberou o uso do antiviral Remdesivir, que ainda está em estudos. O medicamento passa a ser o primeiro medicamento com indicação aprovada para o tratamento da Covid-19 no Brasil.

O Remdesivir impede a replicação do vírus no organismo, diminuindo o processo de infeção. O registro foi concedido para o laboratório Gilead, e omedicamento, que é injetável, será produzido pela empresa no formato de pó para diluição.

Em entrevista coletiva, a gerente de Avaliação de Segurança e Eficácia do órgão, Renata Lima Soares, afirmou que o remédio Remdesivir apresentou "potente atividade antiviral in vitro e in vivo".

Segundo a especialista, em estudos realizados fora do País que somam 6.283 voluntários, o uso do medicamento reduziu de 15 para 10 dias o tempo médio de recuperação para pessoas afetadas pela Covid-19 bem como diminuiu o tempo de hospitalização e o período em que foi feita a suplementação da oferta de oxigênio.

Dados da vacina de Oxford

Conforme a Anvisa, avacina da Oxford/AstraZeneca, que é produzida no Brasil pela Fiocruz, apresentou 64,2% de eficácia contra a Covid-19 nos estudos clínicos realizados no País. A eficácia do imunizante em prevenir diferentes manifestações da doença varia entre 30,6% e 81,5%.

No Brasil, Fiocruz produz vacina de Oxford Foto: Reprodução
De acordo com os dados, a eficácia da vacina em indivíduos com comorbidades foi de 73,4%. Já em indivíduos com mais de 65 anos, o estudo mostrou dados limitados e, portanto, há incerteza sobre a eficácia em idosos. No entanto, estudos pós-autorização indicaram boa efetividade na população.

As incertezas sobre a eficácia também estão relacionadas na atuação do imunizante a longo prazo, durante o intervalo de doses, com dose única, em formas graves, em populações especiais (crianças, adolescentes, gestantes e indivíduos imunossuprimidos) e no combate contra as novas cepas do coronavírus.

Segundo o gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, as dúvidas só serão sanadas a longo prazo. "Estamos empenhados em levantar esses dados para ter as respostas", afirmou.


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