O Rio Grande do Sul informou no início da noite de ontem que foram notificadas 502 mortes por complicações da Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 15.606 o total desde o início da pandemia. Trata-se do novo recorde diário no Estado, que está sob bandeira preta há três semanas, com hospitais superlotados e fila de espera por leitos de UTI.
O elevado número de óbitos no Estado impactou fortemente o número nacional de ontem. O Brasil notificou nesta terça-feira 2.841 mortes em 24 horas, também recorde até aqui. A maior marca era a do dia 10 de março, de 2.286 vidas perdidas para o vírus.
O total de mortes reportadas ontem pelo Rio Grande do Sul repercutiu no País. Para fins de comparação, o Estado de São Paulo notificou 679 óbitos nas últimas 24 horas, mesmo tendo uma população quatro vezes maior que a gaúcha. Março já é, disparado, o mês com mais óbitos no Estado desde o início da pandemia.
Regras mais brandas a partir de segunda
Apesar do colapso na rede hospitalar de todas as regiões e dos sucessivos recordes de mortes, o governo gaúcho mantém para o início da próxima semana a volta da cogestão. A gestão compartilhada entre Estado e prefeituras do Plano de Distanciamento Controlado permite que as cidades sigam regras da bandeira imediatamente inferior, ou seja, mais brandas. Com a cogestão, município em bandeira preta pode adotar as regras da bandeira vermelha, por exemplo.
A medida vai permitir a reabertura de serviços não essenciais no Estado a partir de segunda ou terça-feira da próxima semana. Para isso, as regras da bandeira vermelha ficarão um pouco mais restritivas, anunciou o governador Eduardo Leite.
Documento repassado ontem pelo Palácio Piratini a líderes do setor empresarial apontam que o comércio não essencial poderá abrir de segunda a sexta-feira até as 20 horas; restaurantes e lanchonetes poderão atender presencialmente de domingo a domingo, até as 17 horas; e hotéis com selo de turismo responsável poderão operar com 50% da capacidade máxima (os que não têm o selo terão ocupação máxima de 30%). Os detalhes não haviam sido confirmados pelo Estado até o fechamento desta edição.
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