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Notícias | Região Avanço da Covid-19

Consumo de oxigênio dispara em hospitais da Região

Na última sexta-feira (19), em Campo Bom, um problema na distribuição de oxigênio levou seis pessoas a óbito no Hospital Lauro Reus

Por Débora Ertel
Publicado em: 22.03.2021 às 11:34 Última atualização: 22.03.2021 às 12:44

Tubos de oxigênio Foto: Pedro Guerreiro / Agência Pará
O Brasil enfrenta o avanço da pandemia de coronavírus e consequentemente a superlotação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em todo o País. Na região, as casas de saúde enfrentam 30º dia de superlotação, com mais de 200 pacientes em leitos de UTI. Com isso, insumos necessários para o tratamento completo dos pacientes internados também acabam sendo disputados. É o caso de oxímetros, tubos e do próprio oxigênio.

Cidades da região, como Rolante e Parobé, já têm buscado reforço de tubos de oxigênio devido ao agravamento da crise sanitária. Na última sexta-feira (19), em Campo Bom, um problema na distribuição de oxigênio levou seis pessoas a óbito no Hospital Lauro Reus. O caso é investigado pela Polícia Civil e também pelo Ministério Público.

No Hospital Municipal de Novo Hamburgo houve até agora um crescimento de 320% no consumo de oxigênio em relação ao mês de fevereiro. No Hospital Bom Pastor, em Igrejinha, o aumento foi de 236% comparando março de 2020 com o março deste ano.

Especialistas explicam que a falta de oxigênio, quando não causa a morte do paciente, pode acarretar prejuízos irreversíveis ao corpo humano.

Pela Região

Estância Velha

Em Estância Velha, a assessoria de imprensa da prefeitura informa que o Hospital Getúlio Vargas operou acima da capacidade na Ala Covid por alguns dias nas últimas semanas. Apesar disso, a casa de saúde não registrou falta de oxigênio até o momento. Contudo, conforme a assessoria, devido à alta demanda, a reposição dos cilindros de oxigênio tem sido feita diariamente. Além disso, o Hospital Getúlio Vargas conta com um tanque de oxigênio, cujo nível é monitorado pela empresa fornecedora, que tem sido abastecido, em média, a cada dois dias.

Em Novo Hamburgo

A Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH) informa que o Hospital Municipal conta com abastecimento diário de oxigênio, sendo o transporte feito em dois momentos pela Air Liquide e uma terceira vez pela FSNH. Essa logística de transporte serve para o abastecimento dos 45 cilindros de oxigênio disponíveis, com capacidade de 10 metros cúbicos cada, que são substituídos conforme o consumo, que tem se apresentado bastante variável. No entanto, a maior parte da reserva de oxigênio do Hospital Municipal é feita por um tanque com capacidade de 8.630 metros cúbicos. Esse reservatório é reabastecido a cada dois dias.

Já a Unimed Vale dos Sinos garante que não há risco de falta de oxigênio. Os três hospitais têm tanques de 3 mil a 6 mil litros, além de ter garantia da Air Liquid de abastecimento.

O Hospital Regina diz que até o momento não há falta do componente e o sistema de distribuição de oxigênio opera dentro da normalidade.

Igrejinha e Parobé

Conforme a assessoria de imprensa dos hospitais Bom Pastor, de Igrejinha, e São Francisco, de Parobé, o fornecimento está tranquilo, sem sinalização de falta. Mas a entidade destaca que o consumo aumentou "absurdamente", mas sem falta do insumo. Em Igrejinha, por exemplo, em março de 2020 foram consumidos 2.089 metros cúbicos. Já até o dia 19 de março deste ano, 7.039 metros cúbicos de oxigênio encanado, o mais utilizado. Na casa de saúde de Parobé, antes da pandemia o consumo era de 700 metros cúbicos por semana, situação que agora é de 4,7 mil metros cúbicos por semana. Segundo a assessoria, o tanque também foi trocado por um com 47% a mais de capacidade de armazenamento e o caminhão o abastece a estrutura dia sim e dia não.


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