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Notícias | Região Ocupação hospitalar

Internações diminuíram em abril, mas UTIs têm até duas vezes mais pacientes que fevereiro

Percentual de ocupação hospitalar diminuiu neste mês devido à ampliação dos leitos, mas o total de pacientes internados segue superior aos meses anteriores

Por Jean Peixoto
Publicado em: 13.04.2021 às 03:00 Última atualização: 13.04.2021 às 15:24

Centenário aumentou de 16 para 28 seus leitos de UTI Foto: Thales Ferreira/PMSL
Os números de internações nas alas Covid-19 dos hospitais da região vêm diminuindo discretamente nas últimas semanas. No entanto, apesar da redução nos percentuais, o número de internados chega a ser duas vezes maior que dados registrados em fevereiro. O infectologista e professor da Unisinos, Marcelo Bitelo, destaca que as internações só diminuíram em abril porque o número de leitos foi ampliado, mas a quantidade de pessoas internadas é muito superior aos números registrados nos meses anteriores.

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Em 8 de fevereiro, o Hospital Centenário, de São Leopoldo, contava com 19 pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid, o que, à época, correspondia a 118,8% dos 16 leitos disponíveis. Já em 8 de abril, após a ampliação para 28 leitos na UTI, o número de pacientes internados subiu para 27. Embora a taxa de ocupação de abril (94,6%) seja inferior aos 118,8% de fevereiro, a quantidade de pessoas hospitalizadas aumentou 42% no bimestre.

Mais leitos disponíveis

Marcelo Bitelo destaca que a diminuição progressiva na ocupação é um "alívio relativo", mas segue o alerta para a quantidade elevada de internações nos hospitais, visto que a maior parte dos leitos credenciados pelo Ministério da Saúde são temporários. "A curva de incidência dos casos no Estado e na região vem reduzindo e, consequentemente, a busca por leitos também. Mas é preciso atentar-se que, em Sapucaia do Sul, por exemplo, em dezembro havia 10 leitos de UTI e hoje há 39", frisa.

O especialista explica que, com a ampliação das vagas nas UTIs, os médicos conseguem encaminhar os pacientes para o atendimento, se necessário, antes que o seu estado clínico piore, ao contrário do que ocorre quando há superlotação. "Ele cheguem em estado menos grave e conseguem ter uma melhor resposta ao tratamento", pontua.

 

Ritmo de queda na região

A redução nas internações em relação aos índices de março, quando a região bateu recorde de casos e óbitos por Covid-19, continua. Conforme os dados divulgados diariamente pelas prefeituras, os cinco municípios de circulação do VS impresso - São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio, Portão e Capela de Santana - registraram ontem, um total de 197 pessoas hospitalizadas em decorrência do coronavírus. Há um mês, em 12 de março, o volume de pessoas da região hospitalizadas chegava a 275, o que representa uma queda de 28% nas internações do último mês. Na data, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte, de São Leopoldo, chegou a 239% de sua capacidade e estava com a sua Emergência fechada para novos pacientes, sendo reaberta apenas no dia 4 de abril.

Mais internados

Em 8 de fevereiro, o Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), de Sapucaia do Sul, tinha 18 dos seus 19 leitos de UTI Covid ocupados, o que representa uma taxa de ocupação de 94,7%. Com a ampliação das vagas na unidade para 44, na noite de ontem a taxa de ocupação caiu para 77,3%, com 34 pessoas hospitalizadas. No entanto, a mesma situação de São Leopoldo pode ser observada, uma vez que o percentual diminuiu, porém o total de internações aumentou 88,8%.

Em 9 de fevereiro, o Hospital São Camilo, de Esteio, tinha 8 leitos de UTI Covid, dos quais, 7 estavam ocupados, o que configurava uma taxa de ocupação de 87,5% na data. Em março, a casa de saúde esteiense passou a contar com 18 leitos de UTI na ala Covid, um aumento de 125% nas vagas. Mesmo assim, na última sexta-feira o São Camilo estava com 100% de lotação nos seus 18 leitos de UTI, ou seja, mais que o dobro de pessoas internadas em relação a fevereiro.

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