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Notícias | Região Ensino presencial

Sindicatos do ensino privado orientam suspensão das aulas até nova decisão judicial

Sinepe defende a suspensão até o julgamento previsto para as 18h de hoje; Sindicreche orienta a manter atividades até que pais possam buscar as crianças

Por Matheus Chaparini
Publicado em: 26.04.2021 às 13:08 Última atualização: 26.04.2021 às 13:10

No fim da manhã desta segunda-feira (26), entidades representativas das escolas particulares do Estado se manifestaram em relação às decisões judiciais que suspendem a retomada das aulas presenciais para a educação infantil e 1º e 2º anos do Ensino Fundamental.

Após intimação do Tribunal de Justiça, o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) publicou nota em que orienta as escolas a suspenderem as aulas presenciais, a partir da tarde desta segunda e aguardar o resultado do julgamento em segundo grau do pedido de reabertura apresentado pelo governo do estado, marcado para as 18 horas.

O presidente do Sinepe, Bruno Eizerik avalia a situação como um descaso com a educação e um desrespeito com as crianças e as famílias.

“Todos os demais setores da sociedade estão abertos, inclusive bares e centros comerciais, e nossas escolas estão fechadas há quase dois meses. É preciso haver um entendimento entre o Poder Judiciário e o Poder Executivo para que não tenhamos essa insegurança e indefinição. Nossa comunidade escolar, e principalmente as crianças, não merecem essa situação”, afirma.

Até que as famílias busquem

Já o Sindicreches emitiu um comunicado em que orienta as escolas que já abriram e receberam alunos a manterem as atividades até que os pais ou responsáveis possam buscá-los.

“Nossa orientação é que todas as Escolas que receberam suas crianças hoje cedo pela manhã mantenham suas atividades até que as famílias possam buscá-las com segurança. Há um desfecho programado para o dia de hoje, às 18h, quando o Tribunal de Justiça irá julgar de forma definitiva o recurso do Estado quanto à suspensão das atividades”, diz a nota.

Pouco tempo para se reorganizar

Para a União das Escolas Privadas de Educação Infantil dos Vales (Uepei), as escolas que abriram as portas hoje o fizeram por falta de tempo para se reorganizarem em relação ás decisões judiciais. Presidente da entidade, Vanessa Reis afirma que algumas escolas, principalmente as de menor porte, não tiveram tempo de comunicar funcionários e familiares.

“Não é nossa intenção desrespeitar uma determinação da Justiça. Não estamos protestando, não estamos fazendo desobediência civil. [Quem abriu] foi por necessidade, por conta do pouco tempo que restou para remanejar toda uma estrutura que estava planejada para hoje”, afirma.

A entidade que representa 18 escolas infantis de Novo Hamburgo, São Leopoldo e Estância Velha foi criada em abril de 2020 - e formalizada em agosto - a partir da suspensão das aulas presenciais.

Vanessa lamenta que a retomada se dê em meio a um cenário tão incerto. “Infelizmente ficamos no meio dessa confusão toda. A maioria já havia mobilizado toda a comunidade escolar.”


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