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Notícias | Região Campo Bom

Hospital Lauro Reus deve concluir nesta quinta sindicância sobre pane em oxigênio

Apuração interna busca entender o que provocou problema no sistema; seis pessoas que estavam na UTI morreram em 19 de março

Por Matheus Chaparini
Publicado em: 13.05.2021 às 12:42 Última atualização: 13.05.2021 às 12:43

Hospital Lauro Reus, em Campo Bom Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Bom
Passados quase dois meses do trágico episódio do dia 19 de março, quando foi registrada uma pane no sistema de distribuição de oxigênio no Hospital Lauro Reus e seis pacientes que estavam internados morreram, a investigação interna realizada pela própria instituição de saúde deve apresentar resultados.

A sindicância foi instaurada no mesmo dia em que ocorreu o problema. O prazo para a conclusão dos trabalhos se encerra nesta quinta-feira (13). O relatório final está sendo finalizado e será encaminhado ao Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, Ministério Público Federal, Polícia Civil, Prefeitura de Campo Bom, Câmara de Vereadores de Campo Bom e Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul.

De acordo com a assessoria de comunicação do Hospital, as conclusões da investigação devem ser tornadas públicas entre hoje e amanhã.

Prazo já foi prorrogado

O prazo para a conclusão havia sido prorrogado em função da necessidade de se aguardar a chegada de documentação. O hospital esperava o envio, por parte da empresa Air Liquide, do relatório completo do sistema de telemetria do tanque de Oxigênio Líquido, em relação ao acompanhamento “em tempo real do nível real do oxigênio contido no referido equipamento”, referente ao mês de março de 2021.

A prorrogação, anunciada em 23 de abril, era por mais 20 dias, encerrando nesta quinta-feira (13).

SES confirmou falta de oxigênio

O relatório preliminar elaborado pelo Departamento de Auditoria do Sistema Único de Saúde, órgão vinculado à Secretaria Estadual da Saúde (SES), concluiu que o tanque principal do hospital ficou vazio e que o sistema reserva pode ter falhado. A auditoria apontou que a reserva tinha oxigênio, porém não chegou aos pacientes.

O documento foi encaminhado ao hospital e ao Ministério Público, que também investiga o caso.

IGP fez perícia no sistema de oxigênio do Hospital Lauro Reus Foto: Divulgação/IGP-RS

Outras investigações

O caso é investigado em pelo menos outras quatro instâncias. A Polícia Civil já ouviu mais de 30 testemunhas e analisa documentos enviados pelo Lauro Reus e pela Air Liquide. O delegado Clóvis Nei, responsável pela investigação, aguarda ainda os laudos das perícias realizados pelo Instituto-Geral de Perícias no hospital no dia 23 de março.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul aguarda as conclusões do inquérito policial.

Há ainda uma apuração do Ministério Público Federal, voltada a investigar a gestão do hospital.

Na Câmara de Vereadores, está em andamento uma CPI sobre o caso. A previsão é de que seja concluída ainda no mês de maio.


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