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Matheus Chaparini e Micheli Aguiar
Aguardando notícias do pai, internado com pressão alta, o morador de Campo Bom Lucas Alves, de 29 anos, presenciou de perto o desespero das equipes. "As enfermeiras saíram lá de dentro, gritando para gente aqui fora, mandando a gente ligar para os hospitais da região, para os bombeiros, pra pedir ajuda porque faltou oxigênio", conta.
Segundo Alves, logo em seguida, ambulâncias e carros particulares chegaram no hospital, trazendo cilindros de oxigênio. "Eu também vi dois pacientes sendo levados de ambulância", diz o jovem que afirma ter visto o "caos no hospital de Campo Bom".
Áudios que circulam pelas redes sociais também trazem relatos desesperados. Há quem questionou a veracidade dos depoimentos, achando que eram notícia falsa. Em um deles, uma mulher pede oração à família. "Faz uma oração agora, para quem puder, pede no grupo. Acabou o oxigênio no hospital, as pessoas estão morrendo na UTI. Não tem mais oxigênio para quem está intubado."
Em outro áudio, uma profissional do hospital faz um relato ao marido, confirmando que não havia oxigênio naquele momento. "Ninguém assumiu seu posto. A gente teve que ir para a UTI para ajudar e ir atrás de cilindro de O2 (oxigênio) e infelizmente teve vários que foram a óbito."
Até o momento, nem o hospital nem o prefeito Luciano Orsi e nem o secretário de Saúde, João Paulo Berkembrock, se manifestaram oficialmente. A assessoria de imprensa da instituição afirmou que a distribuição de oxigênio já está normalizada.
1) No período ente 08h10 e 08h40 da manhã desta sexta-feira (19) haviam 26 pacientes em ventilação mecânica na UTI e Emergência.
2) Não houve em momento algum falta de oxigênio aos pacientes, devido à rápida ação da equipe assistencial que acionou imediatamente o Plano de Contingência - em decorrência de uma indisponibilidade na rede central de distribuição de O² que durou 30 minutos.
3) Segundo a direção técnica do hospital, diante da gravidade geral da situação em nível mundial, e não diferente do Rio Grande do Sul, onde o hospital que, atualmente, opera com capacidade acima de 300% acima da média, foi imediatamente instaurada uma sindicância para verificar as possíveis causas da instabilidade temporária no sistema central de O².
Assessoria de Comunicação
Hospital Lauro Reus
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