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Notícias | Região A conta não fecha

'Estamos verificando', diz coordenadora regional de Saúde sobre disparidade na quantia de Coronavac

Municípios alegam que remessa será insuficiente para zerar fila pela 2ª dose como prometeu o Estado. Regional busca entender o que motivou a incompatibilidade dos números

Por Joyce Heurich
Publicado em: 19.05.2021 às 15:53 Última atualização: 19.05.2021 às 21:10

Municípios alegam que remessa será insuficiente para zerar fila pela 2ª dose Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A 1ª Coordenadoria Regional de Saúde (1ª CRS), referência para Novo Hamburgo e outros 65 municípios, busca identificar junto às Secretarias Municipais da Saúde quantas cidades estão com falta de vacinas para zerar a fila pela 2ª dose de Coronavac e se há sobra em algum município. Enquanto o Estado anuncia o fim das doses atrasadas com a distribuição de uma nova remessa nesta quarta-feira (19), prefeitos relatam que o quantitativo é insuficiente e não vai contemplar todos que precisam. 

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Coordenadora da 1ª CRS, Ane Beatriz Nantal diz que ainda busca respostas que expliquem o que exatamente motivou a disparidade nos números, que variam entre prefeituras e Estado.

"O que veio de D2 é correspondente à 10ª e à 11ª remessa de D1. Os quantitativos foram calculados conforme as remessas distribuídas de D1", explica. "Estamos verificando o que é que está faltando de dose, quem tem a mais ou a menos, para ver o que aconteceu", acrescenta Ane.

Ela esclarece que o cálculo de doses por município é feito com base em dados oficiais do Ministério da Saúde (MS). Assim, tem-se uma estimativa de quantos moradores idosos ou com comorbidades, por exemplo, determinada cidade possui. A partir desses dados, o Estado distribui um quantitativo de vacinas Coronavac para os municípios aplicarem a primeira dose (D1). As segundas doses (D2) são enviadas na mesma quantidade para completar o esquema vacinal. O Estado alega que 'matematicamente' as quantidades estão corretas.

Uma das possibilidades aventadas seria a perda de doses. Em abril, cidades da região do Vale do Sinos já alertavam sobre um rendimento inferior a dez doses por embalagem, como prometido pela fabricante. A mesma reclamação foi feita por diversos estados. 

Após uma investigação, porém, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu que não há indícios de que frascos da vacina CoronaVac estejam sendo fabricados com volume menor de doses. A fabricante atribui a perda ao processo de aplicação feito pelos municípios.

Em Novo Hamburgo, mesmo com a remessa entregue pelo Estado nesta quarta, ainda faltariam doses, segundo a Prefeitura, para completar o esquema vacinal de quem recebeu a Coronavac. Além da perda, o Município argumenta que o público-alvo estimado pelo MS tem sido sempre inferior ao verificado pela cidade.

O presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems), Maicon de Barros Lemos, que também é secretário municipal da Saúde de Canoas, afirma que mais de 50 municípios gaúchos, de todas as regiões do Estado, relatam falta de doses para zerar a fila.

Enquanto a 1ª CRS e o Estado buscam fechar essa conta, a orientação é que os municípios apliquem as segundas doses atrasadas e registrem todas as aplicações no SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações).

Se houver sobra em alguma cidade, essas doses não devem ser usadas para D1, devem ser reservadas até a segunda ordem. "O que sobra não pode aplicar D1, estão definindo o que deverá ser feito, se irá passar essas doses para outros municípios. Então, caso haja sobra, a cidade deve aguardar e comunicar a Coordenadoria", orienta Ane.

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