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Notícias | Região CUTIVO DE PEQUENAS FRUTAS

Pomares de 'berries' conquistam mais espaço na Serra Gaúcha

Moradora de Novo Hamburgo se tornou produtora em São Francisco de Paula depois de buscar alternativas para obter mirtilos, framboesas e amoras para consumo próprio

Por Susana Leite
Publicado em: 22.02.2022 às 08:00 Última atualização: 22.02.2022 às 20:07

A saga da empresária Meri Demski por frutas vermelhas se transformou de uma busca por amoras, framboesas e mirtilos a preço justo a uma plantação cuja capacidade é estimada em 14 mil quilos de frutas.

Meri pesquisou bastante antes de iniciar o cultivo de pomares na Serra
Meri pesquisou bastante antes de iniciar o cultivo de pomares na Serra Foto: Arquivo pessoal
O Rio Grande do Sul é o principal polo de cultivo de frutas pequenas no Brasil, com a produção majoritariamente concentrada em Vacaria. O clima dos Campos de Cima da Serra favorece o desenvolvimento dessas frutas, bastante comuns na Europa.

Foi em Vacaria que a moradora de Novo Hamburgo buscou referências para iniciar o cultivo. Meri iniciou um projeto em São Francisco de Paula que, atualmente, vende para indústria e direto aos consumidores.

O segredo do empreendimento é pesquisar tanto sobre os potenciais das frutas ao mercado consumidor, quanto as especificidades para cultivá-las. Meri conta que sempre buscava as "berries" para confeccionar doces. Mas o preço elevado das frutas fez com que ela tivesse a ideia de plantar para consumo próprio.

De tanto buscar informações sobre o cultivo, deu um passo além. A empresária traçou um projeto para futuro, mas que já está dando resultados no presente. De 2018 para cá, ela investiu numa propriedade em São Chico e na contratação de um engenheiro agrônomo para auxiliar nas questões técnicas.

No terreno adequado e com as condições técnicas favoráveis, Meri iniciou o plantio. "Plantamos meio hectare de amora, meio de framboesa e um hectare de mirtilo porque tem muito mercado", lembra. Essa empreitada ocorreu de 2019 para 2020.

Na última safra foram colhidos, 3,5 mil quilos de amora, na primeira colheita, em torno de 1,5 mil quilos de framboesa. Na safra 2021/2022 foi o primeiro ano que veio mirtilo. "Vai começar a produzir mais forte no final do ano", aponta. Nesta safra, a amora rendeu seis mil quilos. Para a framboesa, a expectativa é colher três mil quilos.

Produtos

As frutas são vendidas congeladas. Durante a colheita, são contratados trabalhadores sazonais para executar o trabalho. Meri explica que reserva uma parte das frutas para vender direto ao consumidor final, embora a maioria seja para a a indústria. A decisão de vender direto aos consumidores é uma forma de suprir uma dificuldade que ela mesma encontrava antes de começar o plantio.

Cultivo sem pesticidas

"Vamos em seguida colher mel de frutas vermelhas também", anuncia Meri, ao explicar que as abelhas estão se alimentando das flores de framboesa. Essa frutas têm a colheita prolongada, de dezembro a abril. Já as amoras são colhidas de novembro a janeiro. E a colheita de mirtilos ocorre de dezembro até o início de fevereiro. A comercialização é praticamente congelada.

O plantio fica em Rincão dos Kroeff, em São Francisco de Paula. O local é ideal para o cultivo de frutas vermelhas e blueberries por ter um solo rico e um clima apropriado, com temperaturas baixas na maior parte do ano. As frutas que Meri comercializa, que levam a marca Leorato, são livres de pesticidas.Isso resulta em fruto de alta qualidade nutricional e sem qualquer tipo de contaminação por agrotóxico.

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